Em entrevista exibida nessa segunda-feira (27), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que não há provas suficientes para incriminar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe.
Michelle e Eduardo Bolsonaro foram mencionados no primeiro depoimento da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, prestado em 2023 e vazado neste fim de semana. Contudo, Rodrigues destacou que ser citado em uma delação não configura, por si só, um crime, e que as investigações conduzidas até o momento não encontraram elementos que relacionem os citados à tentativa de golpe.
"Várias pessoas citadas [na delação] não foram indiciadas por uma razão muito simples, e isso está previsto na lei. Seguimos os caminhos para obtenção de provas e entendemos que não havia elementos suficientes para responsabilizá-las criminalmente", explicou Rodrigues.
O diretor-geral também ressaltou que o acordo de delação serve para apontar possíveis caminhos para a coleta de provas, mas que isso não garante a responsabilização dos citados. "No caso concreto, está registrado no relatório final que não houve a obtenção de outros elementos que confirmassem a participação dessas pessoas [Michelle, Eduardo e outros que não foram indiciados]", concluiu Rodrigues.
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