O Ministério da Saúde exonerou, na segunda-feira (25), a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena, Carmem Pankararu, em meio a sucessivas falhas na implantação de políticas de saúde em terras Yanomami.
Com a exoneração, o governo busca alinhar equipes de modo a priorizar a situação de emergência no território indígena. Dados do ministério divulgados recentemente revelaram que 363 Yanomamis em 2023, número superior aos 343 óbitos registrados no último ano do governo de Jair Bolsonaro.
O governo Lula decretou emergência em saúde no território Yanomami em janeiro do ano passado. O argumento é que o crescimento no número de mortes por desnutrição e malária se deve à subnotificação, pela ausência de equipes no território indígena nos anos anteriores a 2023.
A demissão Carmem Pankararu acontece uma semana após duas importantes exonerações no ministério: a do secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães e a do ex-chefe do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) Alexandre Telles. Ambos foram dispensados devido a inúmeras denúncias sobre precariedade nos hospitais federais.
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