Na terça-feira (19), o PSOL apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto. O partido argumenta que ambos estariam envolvidos em um plano para assassinar autoridades públicas e executar um golpe de Estado, conforme apontado em investigações da Polícia Federal (PF) na operação Contragolpe.
Segundo investigada pela PF, o general Braga Netto teria liderado, em sua própria residência em novembro de 2022, um encontro estratégico com militares para planejar a execução do golpe. No relatório, o nome de Bolsonaro é citado na suposta tentativa de golpe. “Bolsonaro é uma liderança partidária, presidente de honra do Partido Liberal, e Braga Netto é General do Exército, a mais alta patente existente. E o fato de não estarem mais na presidência não os tornaria menos capazes de colocar em prática planos como aqueles descobertos pela PF ou menos perigosos para a sociedade”, afirmou.
A Operação Contragolpe, deflagrada pela PF no mesmo dia, revelou que o grupo criminoso, liderado majoritariamente por militares, planejava impedir a posse de Lula e assassinar o presidente, o vice Geraldo Alckmin e um ministro do STF. Documentos apreendidos descrevem o plano “Punhal Verde e Amarelo”, com ações golpistas detalhadas para dezembro de 2022, incluindo monitoramento de alvos e estratégias de gestão de crise.
A operação resultou em prisões, buscas e apreensões, além de medidas cautelares em estados como Rio de Janeiro, Goiás e o Distrito Federal.
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