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Ministério Público denuncia Jair Renan Bolsonaro por lavagem de dinheiro

Ele foi investigado por supostamente usar um documento falso de sua empresa para obter empréstimo.

O empresário Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Bolsonaro, foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Ele foi investigado por supostamente usar um documento com informações falsas de sua empresa para obter um empréstimo bancário que não foi pago.


Foto: Reprodução/InstagramJair Renan Bolsonaro
Jair Renan Bolsonaro

Segundo o inquérito da Polícia Civil, o alvo da suspeita era uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, que tinha como principal ramo de atuação fornecer “serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas”.

Consta que com esses números falsos, Jair Renan e o sócio Maciel Alves buscavam lastro para um empréstimo bancário. “Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais”, afirmaram os investigadores, no relatório final.

Ainda conforme as investigações, a dupla realizou pelo menos três empréstimos no Banco Santander, sendo que Jair Renan teria se beneficiado de parte dos valores obtidos de forma ilícita, por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito de sua empresa, no valor de cerca de R$ 60 mil.

O que disse Jair Renan

Em depoimento, Jair Renan disse que não reconhecia suas assinaturas nas declarações de faturamento supostamente falsas e negou ter requisitado empréstimos.

Na ocasião do indiciamento, o advogado Admar Gonzaga, que representa Jair Renan, disse que não comentaria porque o caso é sigiloso. Já Pedrinho Villard, que defende Maciel Alves, afirmou que seu cliente “com certeza” será absolvido.

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