O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu aumentar a contribuição do Brasil para a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA). A decisão foi tomada em resposta à crise enfrentada pela agência, que está no centro de uma guerra entre Israel e o Hamas. A UNRWA enfrenta acusações de envolvimento em ataques terroristas, resultando em um bloqueio de financiamento internacional.
A UNRWA depende de contribuições voluntárias, com cerca de 95% do orçamento proveniente de transferências governamentais. Em 2022, a UNRWA teve um orçamento de US$ 1,17 bilhão, com os maiores doadores sendo países membros da União Europeia (US$ 520 milhões) e os Estados Unidos (US$ 344 milhões). O Brasil contribuiu com apenas US$ 75 mil.
A crise na UNRWA surgiu após acusações feitas pelo governo de Israel em janeiro, alegando que colaboradores da agência estavam diretamente envolvidos nos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro. Esses ataques resultaram na morte de 1.200 pessoas, a captura de 250 reféns e desencadearam a guerra em andamento na região.
Durante os primeiros 125 dias de guerra entre Israel e o Hamas, um total de 154 funcionários da agência em Gaza foram mortos durante os bombardeios e incursões das Forças de Defesa de Israel (FDI). A guerra resultou no deslocamento forçado de 1,7 milhão de palestinos dentro da Faixa de Gaza.
A promessa de Lula de aumentar a doação é mais um gesto em favor dos palestinos. Ele já havia feito declarações acusando os militares israelenses de promoverem “terrorismo” e “genocídio” do povo palestino na Faixa de Gaza. A decisão mais importante até agora foi o endosso político do Brasil ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), sob acusação de genocídio.
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