O Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) investigam o senador Davi Alcolumbre (União-AP), desde 2022, pelo uso de um jatinho particular em nome da empresa Saúde Link. A companhia promoveu o programa Mais Visão, suspenso após o MP apontar irregularidades e um surto de endoftalmite, infecção ocular que pode levar à cegueira e que afetou 104 pacientes.
O MPF apura possíveis atos de improbidade administrativa em relação ao programa Mais Visão. Já o TRE-AP também investiga especificamente o senador em outra frente: o uso de um jatinho em nome da empresa Saúde Link, beneficiada com emendas parlamentares.
Empresa expõe relação com o senador
Na página inicial da empresa na internet, a companhia evidencia a relação com Davi Alcolumbre: “O Programa +Visão teve início no começo de 2021, com a iniciativa do senador Davi Alcolumbre em parceria com o Governo do Estado do Amapá”.
Em 2021, o Governo do Estado do Amapá contratou o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate por R$ 15,4 milhões durante quatro meses, mediante um termo de fomento. O dinheiro foi pago em três parcelas de R$ 5,1 milhões, conforme o contrato ao qual o meio de comunicação CNN teve acesso.
Alcolumbre destinou R$ 15 milhões em dois anos
Em 2024, o senador Alcolumbre destinou R$ 8,6 milhões em emendas parlamentares para a Secretaria de Saúde do Amapá, que contratou a empresa. No ano anterior, foram R$ 6,4 milhões, totalizando R$ 15 milhões em dois anos.
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