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Mulher é presa por injúria racial contra PF em frente à casa de Lula

Ao se justificar à imprensa presente, ela afirmou que "não era racista", pois seu ex-genro era negro.

Na tarde dessa quarta-feira (18), uma mulher de 77 anos foi presa por injúria racial contra um policial federal em frente à casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Paulo. A mulher chegou ao local por volta das 17h30, dirigindo um Honda Civic com imagens ofensivas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao desembarcar, retirou do porta-malas uma coroa de flores e tentou deixá-la no portão da residência do presidente.

A ação chamou a atenção de policiais federais que faziam a segurança do local. Eles pediram que ela removesse o objeto, mas a mulher se recusou, iniciando uma discussão de mais de 20 minutos. Quando um policial negro se aproximou para pegar as chaves do veículo, ela proferiu um insulto racista: “Escuta aqui, eu não vou fugir, seu macaco.”


Além disso, durante o confronto verbal, ela afirmou que seu pai fora general de divisão e que estava protestando “em nome da direita” e de uma amiga que havia sido presa, sem esclarecer as circunstâncias dessa prisão.

A mulher desafiou os policiais em diversas ocasiões, questionando se seria presa. Após insistência, os agentes a informaram de que seria conduzida à Superintendência da Polícia Federal. E, apesar da gravidade da declaração, ela tentou justificar-se diante da imprensa presente, afirmando que “não era racista” porque sua filha já havia namorado um homem negro.

O caso será investigado sob a Lei do Racismo (Lei 7.716/1989), que prevê penas para práticas discriminatórias, incluindo injúria racial.

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