O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) se manifestou nesta sexta-feira (25), através das redes sociais, após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados em endereços ligados ao parlamentar em investigação pelos crimes de desvio de recursos públicos e falsificação de documentos. Na publicação, o deputado negou que tenha usado dinheiro público para financiar os protestos do 08 de janeiro, e criticou a operação.
Ele esclareceu que na época do ocorrido ele ainda não tinha assumido uma cadeira na Câmara dos Deputados, visto que ele só tomou posse no dia 01 de fevereiro. “A mais escandalosa busca e apreensão da história do Brasil. Eu nem era deputado no 8 de janeiro, nem antes. Eu passei a ser deputado em fevereiro. Um mês depois. Como que eu financiei o 8 de Janeiro com dinheiro público? Como se eu não era deputado, se eu não tinha acesso a dinheiro público? Pelo amor de tudo que é mais sagrado, gente”, afirmou Gayer.
A operação da PF foi deflagrada após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ao todo, foram cumpridos mandados em Brasília, Cidade Ocidental, Valparaíso, Aparecida de Goiânia e Goiânia. “Eu tive que checar para ver se isso era verdade. ‘Isso aqui é meme, não é possível’. Não, é isso mesmo galera. Alexandre de Moraes está falando que eu reembolsei os gatos do 8 de Janeiro. Tem cabimento um ‘trem’ desse? Desculpa, mas eu tenho que rir”, continuou o deputado federal.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o nome de Gustavo Gayer apareceu nas investigações após o empresário João Paulo de Sousa Cavalcante, preso acusado de ser um dos financiadores dos protestos do 8/1, se apresentar como amigo do parlamentar. Conforme a Polícia Federal, a empresa de Cavalcante, Goiás Online, foi contratada para prestar serviços para o gabinete do deputado federal.
Além do envolvimento com as manifestações, Gustavo Gayer também é acusado de desviar verbas parlamentar para pagar o aluguel de sala onde funciona uma escola de inglês e seu nome, e também de repassar os recursos para uma loja de roupas registrado no nome de um de seus filhos.
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