Em 2020, um menino de 11 anos, identificado como Miguel Saliba, entrou em estado vegetativo irreversível, com graves lesões cerebrais, e só consegue mexer os olhos desde então após uma cirurgia mal sucedida no punho.
Miguel sofreu uma leve fratura no punho esquerdo enquanto jogava vôlei em casa. Após retirar o gesso, ele foi submetido a uma cirurgia ortopédica simples e rápida para evitar riscos ao desenvolvimento normal da mão, sendo levado ao Hospital Home, em Brasília. Após receber anestesia, Miguel apresentou bradicardia, uma queda significativa na frequência dos batimentos cardíacos, e chegou a ser entubado por não conseguir respirar sozinho. Após alguns dias sem acordar, uma ressonância magnética revelou lesões cerebrais graves.
De acordo com o pai de Miguel, o jovem, prestes a completar 15 anos, não consegue ficar sentado sem apoio. “A consciência dele é praticamente nula, não entende nada, não movimenta nada, só os olhos. Há quatro anos, ele entrou no hospital sem histórico de problemas cardíacos, respiratórios, neurológicos ou motores”, relatou o pai. Ele também mencionou que tenta manter o filho vivo na esperança de eventuais avanços na medicina que possam possibilitar a recuperação. Curiosamente, a cirurgia não deixou cicatriz no punho esquerdo que foi operado.
Quatro anos após a cirurgia, as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal ainda não foram concluídas. Ninguém foi indiciado, denunciado ou julgado. O inquérito criminal por lesão corporal gravíssima continua em andamento, aguardando mais um laudo médico, a pedido do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).
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