O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (17) que o senador Otto Alencar (PSD-BA) assumirá interinamente a liderança do governo no Senado, substituindo Jaques Wagner (PT-BA), que se afastará para realizar uma cirurgia no tornozelo esquerdo. O anúncio foi feito durante um evento em Salvador (BA), que abordou investimentos na área de Educação no estado.
A cirurgia de Jaques Wagner está prevista para sábado (18), e o senador deve ficar afastado por no mínimo 30 dias, sem poder apoiar o pé no chão. Lula comunicou a escolha de Otto Alencar ao lado dos dois parlamentares e, em tom descontraído, comentou que Wagner decidiu operar o tornozelo para tentar voltar a jogar futebol. “Agora que o Bahia está melhorando, ele quer ver se consegue voltar a jogar”, brincou o presidente.
Otto Alencar, que atualmente lidera a bancada do PSD no Senado, receberá a responsabilidade de conduzir os interesses do governo durante a ausência de Wagner. O afastamento ocorre em um momento estratégico para o Palácio do Planalto, já que a regulamentação da reforma tributária será discutida intensamente. A expectativa do governo é que o projeto seja aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em novembro e vá a plenário no início de dezembro.
Nas redes sociais, Jaques Wagner reafirmou que, apesar do afastamento presencial, continuará atuando remotamente em parceria com Otto, a quem classificou como “importante aliado”. O senador informou que permanecerá disponível virtualmente durante todo o período e seguirá acompanhando as negociações no Senado. A transição foi acordada entre Wagner e Lula após uma reunião na terça-feira (15), quando o senador explicou que precisava do procedimento médico, mas evitou fazê-lo em dezembro para não impactar a eleição da Mesa Diretora do Senado.
Wagner ocupa a liderança do governo desde o início da gestão de Lula. A nomeação de Otto Alencar busca assegurar a continuidade das articulações políticas no Senado, garantindo estabilidade na tramitação de projetos essenciais para o governo, especialmente no contexto da reforma tributária, que deve ser uma das pautas mais desafiadoras no fim do ano legislativo.
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