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Sócio de laboratório que fez testes errados de HIV é preso no Rio de Janeiro

Além de ser sócio, Walter Vieira é médico ginecologista e responsável técnico do laboratório.

O médico ginecologista e sócio do Laboratório PCS Lab Saleme, Walter Vieira, foi preso na manhã desta segunda-feira (14), pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a Operação Verum, que tem como objetivo prender os envolvidos no caso dos transplantes de órgãos infectados por HIV.

De acordo com a Polícia Civil do RJ, as investigações indicam que os laudos foram falsificados por um grupo criminoso, induzindo as equipes médicas ao erro. “As investigações indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à contaminação dos pacientes. Um dos pacientes veio a falecer, com as causas da morte ainda sob investigação”.

Foto: Reprodução/Agência BrasilInstalação da PCS Lab Saleme, responsável pelos exames de transplantes que infectaram seis pacientes com HIV, no Rio de Janeiro
Instalação da PCS Lab Saleme, responsável pelos exames de transplantes que infectaram seis pacientes com HIV, no Rio de Janeiro

Além disso, a polícia também investiga se o PCS Lab Saleme falsificou laudos em outros casos. Os envolvidos estão sendo investigados por associação criminosa, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, infração sanitária e relações de consumo.

Quem é Walter Vieira

Walter Vieira é casado com a tia do deputado federal e ex-secretário da saúde do Rio de Janeiro, Dr. Luzinho (PP). Ele é sócio do laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS Saleme), junto a Matheus Texeira, que é primo do parlamentar. Além de ser sócio, Walter Vieira é médico ginecologista e responsável técnico do laboratório.

Contratação da empresa

A empresa foi contratada pelo Governo do Rio de Janeiro em um processo sem licitação. A Fundação Saúde, ligada à Secretaria de Saúde do Rio, foi a responsável pela contratação do laboratório. Na estatal trabalha Débora Lúcia Teixeira, irmã de Dr. Luizinho. O contrato de 180 dias assinado entre a empresa e o órgão custou R$ 3,9 milhões.

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