A Justiça de Minas Gerais aceitou o pedido de recuperação judicial da empresa de viagens 123Milhas, na tarde desta quinta-feira (31). A solicitação foi acatada após a agência enviar o requerimento na última terça (29) para a 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte e alegou ter dívidas de R$ 2,29 bilhões.
Após a decisão, a juíza Claudia Helena Batista, determinou a “suspensão, pelo prazo de 180 dias, contados da publicação, de todas as ações e execuções contra a sociedade devedora”.
A juíza ainda chamou a atenção para a "relação de credores que num cálculo inicial e aproximado que ultrapassa 700 mil pessoas. A grande maioria consumidores”. A magistrada afirmou que só em Minas Gerais, acontecem sete novas ações por hora contra a 123 Milhas.
Foi solicitado ainda que a empresa envie a documentação faltante, como a relação de empregados, bens de administradores, extratos bancários e demais dados pessoais.
Além da agência de viagens, também assinaram como requerentes da recuperação judicial a Nouvem, holding que detém 100% do controle da companhia, assim como a Art Viagens. A empresa é uma das principais fornecedoras da 123Milhas e figura como garantidora em uma série de contratos e obrigações, ocupando, inclusive, a posição de devedora solidária.
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