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Polícia Federal vai ao Suriname para resgatar animais silvestres

Os animais foram apreendidos no final de julho, em uma ação conjunta do ICMBio, IBAMA e Polícia Federal.

Veterinários e especialistas do ICMBio, IBAMA e policias federais do Brasil embarcaram, nesta terça-feira (22), para o Suriname, em uma operação que visa resgatar 29 araras-azuis-de-lear e sete micos-leões-dourados, apreendidos após investigação de autoridades brasileiras. Os animais serão repatriados, já que são nativos da fauna brasileira.

A apreensão dos animais no território surinamês, que faz fronteira com os estados brasileiros do Pará e do Amapá, ocorreu no final de julho e se deu após ação integrada dos Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Justiça e Segurança Pública e Relações Exteriores. A ação constatou que se trata de um caso de tráfico de animais e contou com o apoio de instituições parceiras dos Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas (PAN).


Foto: Divulgação/PFRepresentantes brasileiros resgatarão animais nativos da fauna brasileira
Representantes brasileiros resgatarão animais nativos da fauna brasileira

Os representantes brasileiros partiram de Brasília, com escala em Belém e com destino em Paramaribo, capital do Suriname. Eles devem retornar na quarta-feira (23) em aeronave da Polícia Federal com cada animal acondicionado em uma caixa individual.

Além de participar do resgate, os policiais federais realizarão interações com as autoridades do Suriname para levantamento de informações no interesse do Inquérito Policial instaurado para investigar o tráfico dos animais em questão. Além disso, buscarão identificar possíveis rotas e táticas ilegais usadas pelos biotraficantes, fortalecendo a cooperação policial internacional contra os crimes ambientais. Em nota, a Polícia Federal explicou qual será o destino desses animais.

"No caso do mico-leão-dourado, após um período de quarentena no Zoológico Municipal de Guarulhos, os sete indivíduos passarão a fazer parte da população de segurança da espécie. Todos os micos passarão por uma avaliação individual, comportamental e de saúde e, durante o período de quarentena, terão material biológico coletado para investigação de parentesco entre os indivíduos e da origem populacional (que ajudará nas investigações sobre a rede de tráfico), a serem realizadas no Laboratório de Biodiversidade Molecular e Conservação da UFSCAR. Após estes resultados, os animais poderão ser integrados oficialmente ao Programa de Manejo da espécie, com orientação sobre a sua melhor destinação.

Já as 29 araras-azuis-de-lear que serão repatriadas nesta operação serão levadas para Cananéia/SP, para quarentena e avaliações. Elas contribuirão para o manejo populacional integrado da espécie. Após as análises sanitárias, comportamentais e genéticas, serão destinados pelo Programa de Manejo de acordo com sua atribuição mais importante dentro do plano de conservação. Mesmo aqueles indivíduos que não possam ser soltos na natureza contribuirão com a conservação da espécie em seu ambiente natural, graças à existência deste Programa e de parceiros que também têm a conservação como objetivo primordial.

O objetivo único do Programa é o revigoramento da população de araras-azuis-de-lear na natureza. Grupos de araras oriundos deste Programa, envolvendo animais nascidos sob cuidados humanos e resgatados, estão sendo liberados na Caatinga desde 2019 e elevaram a população no Parque Nacional Boqueirão da Onça de 2 para 19 indivíduos, sendo quatro deles nascidos de um casal reintroduzido em Boqueirão".

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