Durante os primeiros 6 meses de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se empenhou na substituição de 52 membros dos conselhos de administração das 14 principais empresas públicas do país. Os privilegiados faturam R$ 30 mil apenas para participarem de uma reunião por mês, ou bimestre, no caso de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e ministros do governo.
Esses conselheiros chegam a receber entre R$ 2 mil e R$ 34 mil para participar de uma única reunião a cada 2 meses. Os cargos destinados para pessoas que se comprometam na análise financeira e contábil, abertura de auditorias e seleção de membros para comitês são usados como ferramenta para alavancar os ganhos de executivos do governo.
As indicações também fazem parte da tática governamental de influenciar e controlar a direção das empresas. Um dos conselhos administrativos mais disputados é o de Itaipu, e hoje é ocupado pela secretária de Finanças do PT, Gleide Andrade e os ministros Fernando Haddad, Alexandre Silveira de Oliveira, Rui Costa, Esther Dweck e Mauro Vieira. Com o cargo, os ministros chegam a somar uma remuneração de R$ 75.600 mensais.
A informação sobre a remuneração dos membros do conselho foi divulgada pelo Estadão, que obteve acesso ao número enquanto aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda ocupavam os cargos. Com o novo governo, a informação sobre a remuneração começou a ser ocultada.
Outra empresa que garante uma boa remuneração é a Embraer, que normalmente reserva a única vaga do conselho para um oficial da Aeronáutica. A quantia exata não foi divulgada pela empresa, porém beira os R$ 40 mil.
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