A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (11), Operação Lucas 12:2 com objetivo de cumprir quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao general Mauro César Lourena, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a PF, a operação investiga suposta tentativa de vender presentes oficiais recebidos por Bolsonaro de delegações estrangeiras. Dois mandados estão sendo cumpridos em Brasília, um em São Paulo e outro em Niterói.
Além de Lourena, também são alvos da PF Mauro Cid, Osmar Crivelatti, outro ex-ajudante de Bolsonaro, e o advogado Frederick Wassef, defensor da família Bolsonaro. “Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, diz nota da PF.
Conforme a Polícia Federal, “as ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar ‘milícias digitais’ em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal”.
Ainda segundo a autoridade, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, “com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.
Crivelatti chegou a atuar na segurança de Bolsonaro logo após o ex-presidente viajar para os Estados Unidos dias antes da posse de Lula. Junto do suboficial Ricardo Dias dos Santos, da Marinha, recebeu R$ 63,5 mil em diárias e passagens aéreas por 15 dias de viagem, segundo revelou o colunista Lúcio Vaz.
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