A modelo e jornalista Lygia Fazio morreu aos 40 anos nesta quarta-feira (31), aproximadamente um mês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. Os problemas de saúde de Lygia começaram após ela passar por procedimentos para retirar silicone industrial e PMMA, que se espalhou pelo corpo dela.
A morte foi divulgada no Instagram da jornalista, que vinha sendo atualizado pelo irmão dela, George. "Infelizmente, nossa guerreira partiu. Agradecemos mais uma vez todo o apoio", escreveu em uma história.
Os problemas de saúde da modelo começaram há cerca de três anos, decorrentes de uma aplicação de silicone industrial e PMMA (polimetilmetacrilato, um componente plástico) nos glúteos. Essas substâncias se disseminaram pelo corpo de Lygia e resultaram em episódios de infecção. Para remover os materiais, Lygia precisou se submeter a vários procedimentos cirúrgicos, e chegou a passar cem dias internada no ano passado. Após sofrer o AVC que culminou em sua morte, Lygia permaneceu hospitalizada por três semanas.
Candidatura
Em 2022, Lygia foi candidata a deputada estadual em São Paulo pelo PP (Partido Progressistas) nas eleições e, atualmente, estava na lista de suplentes.
A modelo deixa dois filhos, Thor e Davi. Lygia, que possui mais de 940 mil seguidores no Instagram, já foi assistente de palco de Marcos Mion no antigo programa Legendários. Ela também trabalhou com outros apresentadores, como Celso Portiolli.
Uso de silicone industrial
Segundo a jornalista Meire Borges, amiga de Lygia Fazio, a "bomba-relógio" em sua vida foi o uso de "silicone industrial misturado com PMMA" através de procedimentos clandestinos. Meiri fez uma série de postagens em sua rede social nos quais ela conta detalhes da luta de Lygia para tentar retirar o produto ao longo dos últimos três anos. O depoimento em vídeo foi repostado no Instagram oficial da modelo.
"Tudo começou porque ela colocou uma substância no corpo para aumentar o tamanho do bumbum. Ela sempre buscava a perfeição, sempre foi muito bonita, uma mulher que chamava a atenção por onde passava. Uma mulher belíssima, e aqui não cabe nenhum julgamento. Ninguém tem o direito de julgar a vida de ninguém", disse.
"Ela queria sempre estar mais bonita, se sentir melhor com o corpo dela, e pra isso ela buscou ajuda de pessoas que não eram profissionais. Por um tempo acho que os profissionais médicos realmente aplicavam substâncias que eram legalizadas e tal mas, depois de um tempo, ela queria mais e os médicos não queriam fazer. E ela foi pra procedimentos clandestinos. E foi a bomba-relógio da vida dela."
"Esse produto, que era silicone industrial misturado com PMMA, começou a espalhar pelo corpo dela, deu infecção, uma bactéria. E por esses três anos ela tentou a cura, tentou tirar essa substância, mas não saiu por inteiro, e isso gerou muitas infecções, muitos problemas pra vida dela. Ela teve recentemente um AVC que a deixou hospitalizada", afirmou Meiri, dizendo ainda que Lygia havia ficado com sequelas na comunicação.
*Com informações do repórter Carlos Santos
Ver todos os comentários | 0 |