O governo de Luiz Inácio Lula da Silva promoveu a cargos de chefia os delegados da Polícia Federal (PF) Flávio Albergaria Silva, Leandro Almada e Marcelo Werner. Os agentes federais teriam dito “não” ao então ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em participar de uma suposta ação entre a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal para realizar blitzes no segundo turno das eleições de 2022.
Após a eleição de Lula e do governador da Bahia Jerônimo Rodrigues, os delegados que negaram participar da ação receberam promoção dentro da Polícia Federal, comandada atualmente por Andrei Rodrigues. O atual chefe da PF também foi segurança de Lula durante sua campanha para a presidência. O delegado Flávio Albergaria Silva assumiu a superintendência da Polícia Federal na Bahia em janeiro deste ano. O estado foi onde, segundo as investigações, houve uma tentativa de impedir eleitores de Lula de votarem no segundo turno de 2022.
O delegado Leandro Almada foi nomeado superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele foi escolhido como homem de confiança do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, por ser uma região considerada uma das mais estratégicas e importantes para o atual governo. Ele assumiu o cargo em fevereiro de 2023. Já o delegado Marcelo Werner assumiu a secretaria de Segurança Pública da Bahia, nomeado pelo governador Jerônimo Rodrigues no início do ano de 2023.
O ex-ministro Anderson Torres está preso desde janeiro deste ano, por suspeita de omissão nos atos do dia 8 de janeiro. Ele prestou depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (08) sobre as atuações da PRF nas blitzes durante o segundo turno das eleições de 2022. Sua defesa afirmou que todos os procedimentos foram realizados dentro da normalidade e negou interferências na corporação.
*Com informações do repórter Rodrigo Mendes
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