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‘Não aceitamos coleira ou focinheira do governo’, diz coordenador do MST

Segundo João Paulo Rodrigues, Lula errou em não atender a pauta da invasão de terra no início de governo.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, afirmou que o movimento não aceitará qualquer tipo de controle por parte do governo do presidente Lula, embora apoie o governo em todos os momentos.

"Nós ajudamos a construir o governo, mas o MST tem autonomia em relação ao PT e ao governo", disse Rodrigues em entrevista à Folha de S.Paulo publicada em 27 de abril.


Rodrigues ainda criticou o governo por não atender às reivindicações do MST em relação à questão da invasão de terras no início do mandato de Lula. Ele explicou que o movimento reivindica, mas que não cabe a ele dizer o que o governo deve fazer. Segundo o líder do MST, o governo não gostou das ações do movimento e pode ter pedido que o MST seja deixado de lado.

"Não imagino que seja uma decisão do presidente Lula, mas dos ministros burocratas do governo. É uma pena", lamentou Rodrigues.

MST promove série de invasões de terras em 2023

Nos últimos meses, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) realizou diversas ocupações de terras em diferentes regiões do Brasil. Apesar dos atos de vandalismo praticados, o governo demorou a repudiar as invasões. Além disso, o MST ocupou unidades do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Pernambuco. As ações fazem parte do chamado "Abril Vermelho", movimento que busca denunciar a violência no campo e a luta pela reforma agrária.

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