Leona da Mata
O governo Lula fez mudanças em pelo menos sete superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em resposta às pressões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os Estados afetados pelas alterações são Goiás, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Segundo o jornal Gazeta do Povo, as trocas ocorreram entre os dias 13 e 18 de abril. Embora o MST esteja pressionando por mudanças em um dos Estados, não houve alteração na superintendência do Incra de Alagoas, em Maceió, onde César Lira permanece no cargo. Lira, que é primo do presidente da Câmara, Arthur Lira, apoiou a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.
MST e as invasões ao Incra
No dia 10 de abril, integrantes do MST ocuparam o escritório do Incra em Alagoas, exigindo a saída de César Lira da superintendência local. Além disso, em abril, o grupo realizou invasões em outras cinco unidades da instituição, sendo elas em Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
Além das sedes do Incra, o MST também invadiu uma fazenda da Suzano e uma área de preservação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no último fim de semana. Os atos ocorreram depois de José Pedro Stédile, um dos líderes do grupo, anunciar que o movimento faria invasões em abril e outros meses. A declaração ocorreu enquanto ele participava da comitiva presidencial de Lula na China.
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