Com a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Teteu ou Faustão, a Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou o suposto sucessor do criminoso. Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido pela alcunha Pipito, está sendo apontado como o novo líder da milícia, que até então era liderada por Luís Antônio da Silva Braga, tio de Rezende, também chamado de Zinho.
Pipito deve assumir agora o segundo cargo mais importante na hierarquia da maior milícia no Rio de Janeiro, conhecida como Bonde do Zinho, que anteriormente estava sob o comando de Faustão. A decisão do grupo ocorre após uma série de ataques a 35 ônibus na zona oeste do Rio, na segunda-feira (23), em retaliação à morte de Rezende durante um confronto com a polícia. Esses ataques desencadearam uma grave crise de segurança no Estado.
Conforme o setor de Inteligência das polícias do Rio, Pipito também é apontado como o responsável por ordenar os incêndios em ônibus, trens e estações de BRT. Com um extenso histórico criminal, o sucessor de Rezende já foi detido por crimes que incluem a venda de bebidas falsificadas, corrupção, adulteração de produtos alimentícios e contrabando de cigarros.
No ano de 2018, Pipito foi preso por associação criminosa, acusado de ser “homem de confiança” de um dos chefes da facção Liga da Justiça, que passou por uma reestruturação e passou se tornou Bonde do Zinho. Ele foi solto em 2020, após decisão judicial que permitiu saída temporária durante a pandemia.
Governo do RJ no combate às milícias
Durante coletiva de imprensa nessa segunda-feira (23), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, destacou que o foco agora é capturar os três milicianos chefes da hierarquia do crime organizado no Estado: Zinho, Tandera e Abelha. Ele afirma que os três têm envolvimento direto com os ataques aos transportes públicos da região.
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