A nova ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, disse que o novo governo de Lula considera que "o aborto é questão de saúde pública". A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e afirmou ainda que prevê dificuldades com o Congresso, mas que "o que for possível avançar, nós vamos avançar".
A afirmação contraria o que foi dito por Lula, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, quando se colocou contra o aborto, em uma tentativa de convencer os eleitores mais conservadores.
"Para nós a questão do aborto é uma questão de saúde pública. É importante pensar que nós estamos terminando um ano em que o Estatuto do Nascituro estava aí no Congresso e nós quase perdemos. Se nós tivéssemos perdido ali naquele debate, o aborto teria sido encerrado de todas as formas. O que for possível avançar, nós vamos avançar. Agora se for para retroceder é melhor a gente assegurar o que está garantido em leis", disse a ministra.
Em abril de 2022, Lula chegou a defender que o brasileiro pudesse fazer aborto "sem vergonha" e que o procedimento deveria ser transformado em uma questão de saúde pública. A fala gerou repercussão negativa e depois o então presidenciável mudou o discurso.
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