O ministro do Trabalho do governo Lula (PT), Luiz Marinho, classificou o trabalho de entregadores de delivery e motoristas de aplicativos como “escravo”. A afirmação foi feita durante entrevista ao jornal Estado de São Paulo, publicada nessa quarta-feira (25).
Segundo o ministro, a sociedade está tolerando um regime de trabalho escravo, pois muitas empresas não cumprem com a legislação. “Estão desmontando totalmente a proteção ao trabalho. Tem muito trabalho escravo no Brasil que a sociedade está tolerando”, afirmou.
A proposta de Marinho é que haja uma negociação com as empresas para estipularem “padrão de remuneração, proteção social”, para que o trabalho da categoria seja regulamentado, garantindo segurança aos trabalhadores. Ele também prometeu “enquadrar” aqueles que não se adequarem às novas regulamentações.
Na mesma entrevista, Luiz Marinho afirmou que os motoristas de Uber são explorados, e que trabalham mais de 16 horas por dia. A empresa rebateu a afirmação do ministro.
“A ferramenta fornece notificações ao motorista quando ele se aproxima do limite de 12 horas on-line conduzindo o veículo em um único dia. Atingindo esse limite, ele será automaticamente desconectado e não poderá utilizar o aplicativo pelas seis horas seguintes”, respondeu a empresa.
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