Uma criança de cinco anos foi morta pelo próprio pai após urinar no chão, em Monte Santo de Minas, município de Minas Gerais. O pai foi identificado como Adrian Juliano Martins Herculano, de 21 anos, e confessou à polícia ter dado um soco na filha, Mirelly, para "corrigi-la" após a menina urinar pela terceira vez no chão.
No entanto, Mirelly acabou morrendo e o pai decidiu ocultar o cadáver, que foi achado parcialmente queimado. Ele e a atual namorada foram presos pela morte da criança.
Na terça-feira (17), Adrian foi à Delegacia de Polícia Civil de Monte Santo de Minas, acompanhado de um advogado, para relatar que brigou com a atual companheira, saiu da casa dela e voltou para a sua residência acompanhado da criança no dia 12 de janeiro. Ele alegou estar nervoso pela briga e disse que viu a filha urinar no chão por duas vezes e na terceira ação decidiu "corrigi-la", dando um soco na menina, que caiu no chão e bateu a cabeça.
Segundo a Polícia Civil, o pai da criança disse ter achado que ela havia desmaiado, mas se desesperou ao notar que a menina não tinha mais os sinais vitais. Neste momento, ele decidiu enrolar o corpo da filha em um cobertor e ocultou o cadáver próximo a um riacho na zona rural da cidade, local de mata e de difícil acesso. À corporação, ele indicou a localização exata onde o corpo da menina estava.
O cadáver foi achado na terça-feira (17) parcialmente queimado, em avançado estado de decomposição, embaixo de alguns galhos e folhas, "utilizados para escondê-lo", diz a polícia. No depoimento, o pai não citou que queimou o corpo da menina.
A perícia foi acionada e o corpo da criança foi encaminhado ao PPI (Posto de Perícias Integradas) na cidade de Passos. O pai, que tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, e a namorada dele, de 24 anos, foram presos preventivamente após emissão dos mandados de prisão temporária.
As prisões foram cumpridas contra o homem no início da noite de terça-feira (17) e contra a companheira dele na tarde de quarta-feira (18). A Polícia Civil apontou haver "indícios de participação da namorada do investigado nos fatos" e, por isso, a prisão dela foi solicitada pela corporação. "O casal encontra-se no sistema prisional, à disposição da Justiça. O trabalho investigativo prossegue para a completa elucidação dos fatos."
O GP1 pesquisou o nome de Adrian Juliano no Jusbrasil e foram encontrados processos como tráfico, posse e uso ilícito de drogas.
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