O Ministério Público do Trabalho realiza na manhã desta segunda-feira, 4, uma inspeção surpresa na sede da Caixa Econômica Federal na esteira da apuração aberta pelo órgão para analisar as acusações de assédio sexual contra o ex-presidente do banco Pedro Guimarães.
Como mostrou o Estadão, a CEF foi instada pela Procuradoria a apresentar uma série de informações no âmbito das apurações, entre elas “a relação de denúncias eventualmente apresentadas” contra o executivo e também contra o vice-presidente de Atacado na Caixa, Celso Leonardo Barbosa, desde que eles assumiram os cargos.
Pedro Guimarães também foi notificado pelo MPT sobre as apurações. O órgão deu dez dias para que o ex-dirigente da Caixa se manifestasse sobre as acusações. O procurador Paulo Neto, que esteve na Caixa na manhã desta segunda-feira, 4, é o responsável pelas apurações no âmbito do MPT.
O procedimento aberto pelo MPT após as denúncias de assédio sexual contra Guimarães serem reveladas pelo site “Metrópoles” na terça-feira, 28, chama-se notícia de fato. Trata-se de uma espécie de apuração preliminar, em que é analisada a competência do MPT para investigar o caso. Eventualmente, o procedimento pode ser convertido em um inquérito civil.
As denúncias feitas por cinco funcionárias, que relataram abordagens inapropriadas do então presidente do banco, também estão sob apuração do Ministério Público Federal, na esfera criminal. Além disso, o Tribunal de Contas da União também abriu uma apuração sobre o caso, após representação do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado.
Furtado defendeu a adoção de medidas pelo TCU por ver ‘flagrante violação ao princípio administrativo da moralidade’ no caso. Ele avaliou que há necessidade de ‘obrigatória atuação’ da corte de contas, para investigar as acusações e eventualmente aplicar as ‘devidas sanções administrativas’ a Guimarães.
COM A PALAVRA, A CAIXA
A reportagem busca contato com o órgão. O espaço está aberto para manifestações.
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