O Governo Federal pagou o auxílio emergencial para mais de 135 mil pessoas mortas durante o auge da pandemia da covid-19 no Brasil, o que ocasionou um prejuízo de cerca de R$ 336,1 milhões aos cofres públicos. Os dados foram levantados pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo jornal O Globo, que teve acesso a uma recente auditoria da CGU. Ao rastrear os pagamentos realizados de maneira irregular, também foi constatado que cerca de 1,9 milhão de brasileiros com vínculo formal de trabalho receberam o benefício irregularmente.
A CGU descobriu ainda o pagamento do auxílio emergencial a 58,9 mil membros das Forças Armadas, que não deveriam ter direito ao benefício do Governo Federal.
De acordo com a CGU, ao todo, 5,2 milhões de pessoas receberam o auxílio de modo irregular, o que representa 7,7% do número de contemplados pelo benefício nos dois anos de sua vigência – 2020 e 2021. Diante disso, a controladoria notificou o Ministério da Cidadania, que, em resposta, reconheceu o problema do pagamento a pessoas mortas e esclareceu que melhorou o processo de avaliação para concessão dos benefícios.
Conforme a revista Exame, o auxílio emergencial foi pago irregularmente para os seguintes grupos: 1.186.259 pessoas com renda familiar superior à permitida; 1.982.919 pessoas com vínculo formal de emprego; 867.927 aposentados; 135.709 mortos; e 411 menores de 18 anos.
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