Personagem há muito conhecido no setor de energia e que sempre orbitou em torno da Petrobras, Adriano Pires foi confirmado nesta segunda-feira, 28, como indicação do presidente Jair Bolsonaro para ser o novo presidente da estatal, substituindo Joaquim Silva e Luna. O presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) já foi sondado outras vezes para cargos de menor escalão na Petrobras e também teve seu nome entre os apontados para chefiar o Ministério de Minas e Energia (MME) já no atual Governo.
De fala fácil e muito contundente, é difícil imaginar como será o trabalho de Pires dentro da estatal, depois que dois presidentes já deixaram o cargo após a insatisfação notória de Bolsonaro em relação à política de preços da empresa.
Formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro nos anos 1980, Pires tem mestrado em planejamento energético e doutorado em Economia Industrial pela Université de Paris. Nos anos 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foi superintendente na recém-criada Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No ano 2000, criou com sócios o CBIE, especializado em consultoria do setor de petróleo e gás natural.
Com mais de 40 anos de experiência no setor de energia, Pires teve uma forte atuação na criação de um mercado livre de gás natural no Brasil e sempre foi favorável ao mercado livre de energia.
Segundo a Ativa Investimentos, o nome de Pires agrada o mercado justamente por este perfil técnico, e que não romperia com as transformações operacionais e financeiras que vêm sendo executadas na companhia desde a metade da década passada.
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