Fotos mostram esquema de corrupção do governador de Alagoas

Imagens que constam em um inquérito sigiloso, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram divulgadas pela Revista Veja nesse sábado (22) e mostram como aconteciam os saques e depósitos que integram parte do suposto esquema de corrupção do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), candidato à reeleição, e aliado do ex-presidente Lula (PT), candidato à Presidência.

Nas imagens, é possível observar os seguranças de Paulo Dantas fazendo saques nos caixas eletrônicos em nome de trabalhadores laranjas da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas.

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Em 13 de outubro deste ano, com maioria absoluta no STJ, Dantas foi afastado do seu cargo até 31 de dezembro.

Alvo da Operação Edema, deflagrada pelo Ministério Público Federal em conjunto com a Polícia Federal, por suspeita de comandar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa, da monta de R$ 54 milhões por meio de funcionários fantasmas, o governador de Alagoas foi afastado do seu cargo até 31 de dezembro.

A PF cumpriu 31 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços estavam a Assembleia Legislativa, os imóveis de Dantas, a sede do governo e as casas dos familiares do governador afastado. Na residência do candidato à reeleição foram apreendidos R$ 100 mil em dinheiro vivo. Já na casa do cunhado dele foram R$ 150 mil. Em São Paulo, ainda foram apreendidos R$ 14 mil que estavam com Dantas.

Candidato alagoano também é apoiado por Renan Calheiros (MDB-AL) e disputa o segundo turno com Rodrigo Cunha (União Brasil).

O inquérito

A Polícia Federal monitorou os operadores de Paulo Dantas, acompanhando os saques nos caixas eletrônicos em Maceió-AL, dinheiro este que teria sido usado para abastecer o esquema.

Nas fotos, é possível reconhecer o casal José Carlos Leite de Araújo (policial militar aposentado e segurança de Dantas) e Alda Alves dos Santos (sua mulher) realizando saques. A polícia identificou também um segurança pessoal do governador, trata-se de Maxwell Ronildo da Silva, que também fazia saques bancários. Ele afirmou que sacava R$ 36 mil diariamente usando dezoito cartões diferentes.

Todo o dinheiro era levado ao apartamento de Araújo, localizado em Maceió.