O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta segunda-feira, 27, o advogado Alex Campos Machado a uma vaga de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Servidor da Câmara dos Deputados, ele atuou como chefe de gabinete do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), demitido por Bolsonaro por divergências sobre estratégia de combate à covid-19.
O nome de Machado já circulava nos bastidores do governo como cotado à Anvisa desde o ano passado. A indicação era de Mandetta, mas recebeu também aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), segundo integrantes do Ministério da Saúde.
A Anvisa hoje tem dois diretores titulares e 3 substitutos. O presidente da agência, Antonio Barra Torres, também ocupa este cargo interinamente. Aliado de Bolsonaro, Torres foi indicado a presidente efetivo por Bolsonaro em janeiro.
Cabe ao Senado sabatinar nomes para as agências reguladoras. Além de Torres e Machado, os senadores têm em mãos a indicação de Marcus Aurélio Miranda, servidor da Anvisa, para diretor efetivo do órgão.
Há ainda uma vaga de diretor efetivo em aberto na agência. Como Bolsonaro tem feito acordos com partidos do "centrão" para fortalecer a sua rede de apoios no Congresso, a expectativa dentro do governo é que este cargo seja entregue a uma destas siglas.
A Anvisa é uma agência estratégica ao governo. Lida com a liberação de produtos para saúde, medicamentos, agrotóxicos, cosméticos, saneantes, entre outros. Além disso, faz a fiscalização sanitária de fronteiras, portos e aeroportos.
Bolsonaro é próximo do atual presidente substituto da Anvisa, Barra Torres. O médico é visto como um conselheiro do mandatário para assuntos de saúde. Ambos participaram de manifestação em frente ao Palácio do Planalto no dia 15 de março, quando Bolsonaro aglomerou-se com seus apoiadores e atropelou recomendação de autoridades de saúde sobre distanciamento social.
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