A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, 9, a Operação Aversa contra uma quadrilha especializada no transporte de cocaína de Mato Grosso do Sul para São Paulo.
Os agentes cumprem 13 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul, e Guarulhos, Presidente Prudente, Martinópolis, Regente Feijó e Bauru, em São Paulo.
As investigações, que começaram no final do ano passado, relevaram uma sofisticada rede logística e de lavagem de dinheiro, que incluiu carretas construídas para o transporte de drogas, além de uma estrutura de pagamentos de motoristas, auxiliares e fornecedores de drogas.
Durante a fase sigilosa da investigação, mais de meia tonelada de cocaína foi apreendida e dois motoristas presos. Os policiais também identificaram mais R$ 24 milhões movimentados pela organização criminosa desde o ano de 2018.
Os investigadores apreenderam ainda caminhões, semirreboques, automóveis, lanchas, moto-aquática e no sequestro de bens imóveis, além do bloqueio de valores no sistema bancário. Entre bens móveis e imóveis, a equipe de investigação estima que mais de R$ 5,5 milhões tenham sido retirados das mãos da organização criminosa.
Veículos adaptados para o tráfico
As investigações revelaram ainda que o grupo comprava semirreboques e reconstruía os veículos inserindo vãos nas longarinas. Desse modo, grandes quantidades de drogas eram ocultadas dentro do novo espaço criado no interior dos ‘chassis’ das carretas.
“As alterações eram tão profundas que exigiam a ‘remontagem’ dos veículos, com uso de mão-de-obra especializada”, explicou a PF.
A operação também identificou, no estado de São Paulo, o principal financiador das operações do grupo.
“Além de descapitalizar a organização criminosa, a Polícia Federal realiza a prisão de suas lideranças, desarticulando por completo o esquema criminoso”, informou a Polícia Federal.
Os presos serão conduzidos à Delegacia da Polícia Federal de Corumbá e, após os procedimentos legais, encaminhados ao presídio local, onde permanecerão à disposição da Justiça.
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