O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, determinou o sequestro de US$ 5 milhões do patrimônio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ). Ele é investigado em uma ação que apura o recebimento de propina em contratos de navios-sonda da Petrobras.
O Ministério Público Federal (MPF) também solicitou que Moro bloqueasse os bens da mulher do ex-presidente da Câmara, Cláudia Cruz, e um de seus filhos, além de empresas vinculadas a ele. “Expeça-se precatória para formalização do sequestro, avaliação e para que seja verificado quem ocupa cada imóvel e a qual título”, determinou o juiz.
- Foto: Ed Ferreira/Estadão ConteúdoEduardo Cunha
A denúncia aponta que Cunha recebeu pelo menos US$ 5 milhões em pagamentos no exterior, por meio de contas em nome de empresas off-shores, além de pagamentos por meio de doações a instituições religiosas.
Em defesa, os advogados de Cunha irão contestar o sequestro de bens. Trata-se de uma devassa ilegal. A partir de meras especulações, a medida atinge todo o patrimônio adquirido ao longo de mais de quarenta e seis anos de trabalho”, disseram em nota os advogados Pedro Ivo Velloso e Ticiano Figueiredo.
Em março de 2017, Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão por corrupção passiva pela solicitação e recebimento de vantagem indevida no contrato de exploração de petróleo em Benin, por três crimes de lavagem de dinheiro e dois crimes de evasão fraudulenta de divisas.
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