O presidente Michel Temer (MDB) empossou, na manhã desta terça-feira (27), Raul Jungmann como ministro Extraordinário da Segurança Pública, em cerimônia em Brasília, transmitida ao vivo pelas redes sociais. Jungmann deixa o Ministério da Defesa e deixa em seu lugar o general do Exército Brasileiro, Joaquim Silva e Luna.
Em seu discurso, o novo ministro elogiou Temer, por sua “coragem” diante das últimas decisões em relação à segurança do país, e garantiu que irá combater duramente o crime organizado. “Qual o rumo a dar a esse ministério? Coordenar os entes federados dentro de uma política de segurança cidadã e nacionalizada e combater duramente o crime organizado, mas sem desrespeitar os direitos humanos. O Estado e a sociedade não podem se comparar ao crime organizado, mas temos que combater dentro da lei, e disso não abrimos mão”, declarou.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoPresidente Michel Temer e o ministro da Defesa, Raul Jungmann
Jungmann anunciou também o fim de sua carreira política, em seu partido [PPS] e no parlamento, para trabalhar com exclusividade na pasta que assumiu. “Encerro minha carreira política para me dedicar integralmente a essa luta. Ao presidente do meu partido, Roberto Freire, estarei encaminhando uma solicitação de suspensão de todas as funções dentro do meu partido [...] me despeço do parlamento em nome dessa causa”, afirmou.
Com a palavra, Michel Temer voltou a defender a intervenção federal decretada no Rio de Janeiro e destacou as atribuições do novo Ministério. “Esta é uma intervenção civil e acordada como governo do estado, em uma linha que diverge do autoritarismo. Queremos, a partir dali, que o Estado não desande e que possa criar problemas em outros estados [...] caberá a este Ministério coordenar e promover a integração da segurança pública com todas as unidades federativas deste país, especialmente na inteligência”, colocou.
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