A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, foi demitida nesta segunda-feira (19), informou O Globo. Luislinda é desembargadora aposentada e esteve envolvida em algumas polêmicas na sua gestão, a principal ocorreu no ano passado, quando se disse vítima de trabalho escravo e pediu para receber salário de ministra e de desembargadora.
- Foto: Reprodução/PSDBMinistra Luislinda Valois
Luislinda foi informada sobre a demissão pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Depois ela foi falar com o presidente Michel Temer, que agradeceu pelo seu trabalho. Agora assume a pasta o atual secretário de Assuntos Jurídicos, Gustavo Rocha.
Segundo O Globo, a pasta de Direitos Humanos irá perder o status de ministério e será incorporado a uma secretaria no Ministério da Justiça. Ainda não há uma data específica para isso, mas até lá, o foco será atuar na crise em Roraima, que tem recebido vários refugiados da Venezuela, assim como a situação do Rio de Janeiro.
A polêmica
Luislinda é também desembargadora aposentada e pedia para que o salário fosse acumulado ao de ministra, perfazendo R$ 61,4 mil. Atualmente, o teto constitucional permite que o valor máximo recebido por um funcionário público seja de R$ 33,7 mil.
A ministra dizia que a situação “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”. Com a repercussão, a ministra desistiu de reivindicar o acúmulo dos dois salários. Além do salário de mais de R$ 30 mil, Luislinda tem direito a carro, motorista e viagens de avião da Força Aérea para compromissos profissionais.
Ver todos os comentários | 0 |