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Paulo Pimenta diz que PT vai votar contra intervenção no Rio

Segundo o líder do partido na Câmara, o decreto não tem como objetivo principal enfrentar o problema no Rio.

Paulo Pimenta (RS), o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, afirmou em entrevista nesta sexta-feira (16), que os deputados e senadores do partido irão votar contra o decreto que determinou intervenção do governo federal na segurança do Rio de Janeiro.

Segundo Pimenta, o decreto, que foi assinado pelo presidente Michel Temer, não tem como objetivo principal enfrentar o problema no Rio e sim esconder a incapacidade do Palácio do Planalto de conseguir votos para aprovar a Reforma da Previdência. "Nossa opinião e nossa orientação para as bancadas será no sentido de que o PT votará contra esse decreto. Votaremos contra esse decreto", afirmou.


  • Foto: Facebook/Paulo PimentaPaulo Pimenta, líder do PT na CâmaraPaulo Pimenta, líder do PT na Câmara

"Entendemos que a medida não tem como objetivo principal enfrentar o problema da segurança no Rio e, sim, responder a situação delicada e crítica que envolve o governo e sua incapacidade de cumprir sua agenda, em especial a reforma da Previdência. Essa ação anunciada hoje tem muito mais o objetivo político do que operacional", completou o Pimenta.

O governo estima que o decreto seja votado na Câmara até terça-feira (20) e no Senado, até a próxima quinta-feira (22). Para que o decreto seja aprovado, são necessários os votos favoráveis da maioria dos parlamentares presentes na votação.

Intervenção

O presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro e em entrevista coletiva concedida nessa sexta-feira (16), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que na intervenção serão usados tanques, serão feitos bloqueios em ruas, varreduras em presídios e cerca de 25 mil a 30 mil militares serão disponibilizados para atuar no estado.

A intervenção federal em um estado é a primeira que ocorre no país desde a Constituição de 1988. A onda de assaltos e violência durante o carnaval acabou embasando essa decisão. O ministro disse que será feito um cálculo para determinar a quantidade certa de militares necessários, mas agora as Forças Armadas assumem o comandado da secretaria de Segurança Pública, através do coronel Walter Souza Braga Netto.

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