O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira (22), que o governo vai liberar o saque de contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) inativas até dezembro de 2015. De acordo com informações do G1, a medida deve liberar R$ 30 bilhões no mercado.
Segundo Temer, a medida faz parte de uma tentativa do governo de reaquecer a economia. Ele explicou que não haverá limite para o saque e se o trabalhador quiser, ele poderá sacar todo o valor que tem na conta inativa. "Nós estamos flexibilizando essas exigências [para o saque do FGTS], porque o momento que vivemos na economia demanda esse tipo de ação. Portanto, estamos permitindo que os trabalhadores detentores dessas contas até 31 de dezembro de 2015 possam dispor de recursos que em condições normais não estariam ao seu alcance", afirmou.
- Foto: Diego Herculano/Estadão ConteúdoMichel Temer
O presidente disse ainda que os saques das contas inativas do FGTS não devem prejudicar projetos que dependem do dinheiro do fundo, como o financiamento de moradias do Minha Casa Minha Vida. "É uma injeção de recursos que vai movimentar a economia e equivale, pelos cálculos, a meio por cento do PIB, sem pôr em risco a solidez do FGTS. Não põe em risco as verbas nesses setores que estou mencionando", disse.
Juros do cartão
O presidente afirmou que o governo trabalha com redução dos juros do cartão de crédito a partir do primeiro semestre de 2017. Ele disse ainda que a queda nos juros do cartão deve ser de mais da metade nos primeiros meses do ano que vem. "Anunciamos que haveria uma redução dos juros do cartão de crédito. E, de fato, os últimos estudos revelam que no primeiro trimestre deste ano haverá uma redução de mais da metade dos juros cobrados do cartão de crédito", disse Temer.
Além disso, Temer disse que a redução nos juros do cartão ocorrerá em duas hipóteses: "a hipótese do juro do cartão, que é aquela coisa dos 30 dias, que é o chamado rotativo, onde haverá esta redução de mais da metade do que hoje se cobra. Em segundo lugar, 30 dias após, é isso que está sendo imaginado, haverá um parcelamento daqueles que não pagaram, e esse parcelamento ainda receberá juros inferiores, menos da metade, digamos, do chamado rotativo", informou o presidente.
Ver todos os comentários | 0 |