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Brasil

Justiça marca interrogatório dos réus da Boate Kiss

Dois sócios da casa noturna e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira prestarão depoimento entre o fim de novembro e início de dezembro.

A Justiça do Rio Grande do Sul já decidiu a data do interrogatório dos réus no processo criminal que apura as responsabilidades do incêndio da boate Kiss, que deixou 242 mortos em Santa Maria, em 2013.
Imagem: ReproduçãoJustiça marca interrogatório dos réus da Boate Kiss(Imagem:Reprodução)Justiça marca interrogatório dos réus da Boate Kiss

Os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira, irão depor nos dias 24 e 25 de novembro no Salão do Júri do Foro Local, em Santa Maria.

Os sócios da casa noturna, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, serão ouvidos no Foro Central I de Porto Alegre, nos dias 2 e 3 de dezembro, as 13:30h.
Imagem: ReproduçãoPessoas se reunem na frente do préio incendiado e prestam homenagens(Imagem:Reprodução)Pessoas se reunem na frente do préio incendiado e prestam homenagens

Incêndio

Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, durante uma festa universitária, após um artefato pirotécnico (sinalizador proibido em lugares fechados) da Banda Gurizada Fandangueira atingir o teto, o prédio da boate Kiss pegou fogo.
Imagem: Germanno RorattoBombeiros tentam conter o fogo (Imagem:Germanno Roratto)Bombeiros tentam conter o fogo

O incêndio iniciou por volta das 2h30 e se alastrou rapidamente por conta do material inflamável usado como isolamento acústico, que produziu uma fumaça preta e tóxica.

Imagem: Agência RBSClique para ampliarAs pessoas que estavam na boate tentaram socorrer quem não conseguiu sair (Imagem:Agência RBS)As pessoas que estavam na boate tentaram socorrer quem não conseguiu sair
Os seguranças da boate tentaram apagar o fogo, mas os extintores não funcionaram. Técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) chegaram a examinar os equipamentos e constataram que o extintor falhou porque não tinha carga e pressão suficientes. Os outros extintores estavam vencidos.

A boate tinha capacidade para 750 pessoas, mas mais 1000 pessoas estavam no local na hora do acidente. Além disso, a boate não possuía uma porta para saída de emergência. A porta de entrada (única do estabelecimento) chegava a apenas 3 metros quando completamente aberta.

Segundo a perícia, todas as mortes causadas dentro da boate tiveram como causa a asfixia.

Reconstituição

Ulysses Fonseca Louzada, juiz responsável pelo caso, optou por não fazer a reconstrução do caso e argumentou “não fazer reviver nas vítimas e envolvidos pela tragédia, o sofrimento gerado no dia do fato”.

Depois dos depoimentos o juiz abrirá o prazo para que a acusação e a defesa apresentem as alegações finais por escrito. Feito isso, será decidido se os réus vão ou não a júri popular. As acusações são de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo.

Pertences
Imagem: Agência RBSHomenagem às vítimas da tragédia em Santa Maria(Imagem:Agência RBS)Homenagem às vítimas da tragédia em Santa Maria

O magistrado deu prazo de dez dias para que a Associação dos Pais e Vítimas e Sobreviventes Da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) manifeste interesse em receber pertences das vítimas que estão no prédio atingido pela tragédia.

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