Em entrevista a uma TV Mexicana, na semana passada, o ex-presidente Lula aconselhou um ditador a ‘não abrir mão da democracia’. Quando Lula aconselha um ditador a manter a ‘democracia’ implantada no país, o petista quer dizer “continue com a ditadura”.
O conselho foi dado a Daniel Ortega, 'presidente' da Nicarágua, que em 2014 mudou a própria Constituição para ter base legal para instalar a ditadura no país. Ortega já está em seu terceiro mandato e quer ir para o quarto. O ditador está coordenando uma onda de prisões de rivais eleitorais e dissidentes políticos.
“Se eu pudesse dar um conselho ao Daniel Ortega, daria a ele e a qualquer outro presidente. Não abra mão da democracia. Não deixe de defender a liberdade de imprensa, de comunicação, de expressão, porque isso é o que favorece a democracia”, disse Lula.
Outra fala do ex-presidente mostra que ele anda "muito bem informado" sobre a ditadura em Nicarágua. Ele disse não ter conhecimento sobre o que está acontecendo lá, mas que sabe que "as coisas não andam nada bem por lá". “Faz dez anos que não tenho contato com a Nicarágua, não sei muito bem o que está acontecendo lá. Mas tenho informações de que as coisas não andam nada bem por lá”, afirmou.
Desde o mês de junho, o governo da Nicarágua prendeu 31 opositores, com ajuda de uma lei aprovada pelo Parlamento em fevereiro passado que permite às autoridades prender, por até 90 dias, pessoas investigadas por um crime. Antes, o prazo era de três dias para apurar, prender e formalizar as denúncias.
Pressões políticas
Desde que apareceu defendendo ditaduras da Venezuela e de Cuba, a popularidade digital do ex-presidente Lula despencou. A manifestação de Lula falando de "democracia" é claramente uma farsa, tendo em vista que o petista sempre defendeu a manutenção de ditaduras de esquerda, como a de Maduro, na Venezuela; de Ortega na Nicarágua e do irmãos Castro em Cuba.
Eixo do mal
Em 2010, quando ainda era presidente do Brasil, Lula recebeu em Brasília, Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, e ao abraçá-lo disse que os dois pertenciam ao "eixo do mal", denominação dada por George Bush para países ligados a atividades terroristas.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |