No último dia 22 de setembro, reportagem publicada pelo GP1 revelou um caso estarrecedor envolvendo o estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, que está sendo acusado de abusar sexualmente de duas irmãs e duas primas. A vítima mais nova, sua irmã, tem apenas 3 anos de idade.
Desde então, as mães das vítimas, que fazem parte da mesma família, clamam por justiça nas redes sociais, mas por enquanto o único apoio que essas mulheres estão recebendo tem partido da mídia, isso porque a Polícia Civil do Piauí e o Ministério Público do Piauí até o momento não pediram a prisão de Marcos Vitor. Mesmo após as vítimas revelarem os abusos e as mães terem registrado denúncia junto à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ainda não houve o pedido de prisão preventiva.
Depois de demorar para agir, a polícia não está conseguindo localizar o acusado, a fim de intimá-lo. Ele foi procurado em seu endereço em Manaus (AM) e na residência da mãe em Teresina, mas não foi encontrado. Com isso, não restam dúvidas de que tenha fugido, isso sem contar com o detalhe de que ele possui visto para os Estados Unidos.
O risco de fuga já seria mais que suficiente para que fosse decretada sua prisão, mas antes disso, outros fatores já poderiam ter sido levados em conta. O primeiro deles é a mensagem de WhatsApp enviada para a mãe de uma das vítimas, onde Marcos Vitor admite ter cometido o crime hediondo. No texto, ele não negou ter praticado os abusos e diz que só poderia “pedir perdão”.
Outro ponto: a irmã mais nova do estudante, de 3 anos, foi ouvida por psicólogas e assistentes sociais da DPCA e, após todo um trabalho cuidadoso da equipe multidisciplinar, a menina contou o que o irmão fazia com ela. O GP1 teve acesso com exclusividade à oitiva da criança, que a coluna jamais divulgará, por respeito às vítimas, mas é um relato chocante.
Estamos diante de um caso que envolve muitas vítimas, crianças, mães e toda uma família destruída, e mesmo se tratando de algo gravíssimo, não vemos qualquer ação efetiva dos órgãos competentes no caso.
A sociedade teresinense pergunta à Polícia Civil e ao Ministério Público: o que está faltando para que Marcos Vitor seja preso?
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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