No dia 3 de janeiro, foi lançado o edital para antecipação da eleição da Federação de Futebol do Piauí (FFP), dois anos antes do fim do atual mandato (2023-2027). A medida levanta críticas e reforça a percepção de que o futebol piauiense está preso a uma gestão centralizadora e resistente à renovação.
A antecipação, embora prevista no estatuto da entidade, soa como uma estratégia deliberada para perpetuar o atual presidente, Robert Brown, no cargo. Caso eleito novamente, ele comandará a FFP de 2027 a 2031, totalizando 13 anos consecutivos na presidência – um cenário que contrasta fortemente com a necessidade de renovação e inovação no esporte piauiense.
Enquanto estados vizinhos avançam com gestão moderna e projetos que fortalecem clubes, campeonatos e infraestrutura, o Piauí permanece estagnado, sem perspectivas claras de progresso. A falta de alternância no poder compromete não apenas o presente, mas também o futuro do futebol local, que deveria servir como um catalisador de orgulho e desenvolvimento.
A decisão da FFP não apenas limita a democracia dentro da entidade, mas também levanta questionamentos sobre a legitimidade e os reais interesses por trás da medida. O futebol piauiense merece mais: novos líderes, ideias inovadoras e um compromisso genuíno com o esporte. Manobras como esta apenas reforçam a distância entre o que o futebol no estado é e o que ele poderia ser.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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