A Justiça determinou a extração de dados dos aparelhos celulares de todos os investigados na Operação Jogo Sujo II, deflagrada pela Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), que culminou com sete pessoas presas na última quarta-feira (09) nas cidades de Teresina-PI, Timon e Caxias, no estado do Maranhão.
A decisão do juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, foi assinada no dia 27 de setembro de 2024.
Na representação policial, o acesso aos dados obtidos nos aparelhos celulares apreendidos é um meio necessário para o avanço das investigações e completa elucidação dos fatos, contribuindo para evitar a dilapidação do patrimônio adquirido, ilicitamente, pelos investigados.
Na decisão, o magistrado asseverou que, a título de instrução probatória, “a extração de dados requerida é medida cautelar cabível, adequada e razoável, tendo em vista que as informações necessárias à investigação não podem ser obtidas por outros meios disponíveis, porque são escassos ou improdutivos. Defiro o pedido de extração de dados de aparelhos telefônicos móveis eventualmente apreendidos durante o cumprimento da busca, e em aplicativos e nuvens vinculadas aos dispositivos, tudo nos termos requeridos pela autoridade policial”, diz trecho da decisão.
Compartilhamento de provas
O juiz Valdemir Ferreira Santos deferiu ainda o pedido de compartilhamento das provas produzidas no procedimento, conforme pleiteado pela autoridade policial, para colher informações necessárias à investigação criminal de práticas delitivas e eventual instrução processual penal.
A decisão judicial se estende a todos os alvos da operação:
Antônio Robson da Silva Pontes, Brenda Raquel Barbosa Ferreira, Letícia Ellen Negreiro de Abreu, Marta Evelin Lima de Sousa, Milena Pamela Oliveira Silva, Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho), Diogo Macedo Basílio, Yasmin Sales Costa, Maria Geiciely Viana Silva, Jefferson Vitor Lemos Vieira, João Vaz Neto, os perfis no Instagram Teresina Sua Loka, Teresina Fofoqueira, Viana Publicidade E Marketing Digital LTDA, e aos policiais militares Raimundo Jairo Torres Alves (cabo Jairo) e a Avelar dos Reis Mota (sargento Mota).
Rapidinhas
Robin da Carne continuam foragido
Embora a defesa de Antônio Robson da Silva Pontes, o Robin da Carne, tenha se manifestado, afirmando que o empresário seria apresentado à autoridade policial, até o momento a apresentação do investigado não ocorreu.
Acusado de matar homem em bar às margens da BR 343 é indiciado pelo DHPP
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou David Moura Bezerra pelo assassinato de Francisco da Silva Alves, vulgo "Barônha", 46 anos, executado com pelo menos sete disparos de arma de fogo na cabeça, na noite do dia 10 de setembro de 2022. O crime ocorreu por volta de 18h30, em um bar localizado atrás do posto Ipiranga às margens da BR 343 no bairro Dirceu II, zona sudeste de Teresina.
Francisco da Silva Alves estava sentado em uma cadeira, bebendo, quando foi surpreendido por pelo menos três indivíduos em um veículo Onix de cor branca. Um dos criminosos desceu do carro e efetuou disparos de arma de fogo na cabeça da vítima.
Francisco da Silva Alves não resistiu aos ferimentos e morreu no local do crime. Já os indivíduos se evadiram do local rumo ao bairro Parque Jurema.
David Moura Bezerra foi indiciado por homicídio qualificado.
PF investiga desvio de R$ 2,5 milhões em recursos públicos em Codó-MA
A Polícia Federal cumpriu nessa quinta-feira (10) três mandados de busca e apreensão e mandados de quebra de dados telemáticos no município de Codó-MA, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal da SJMA, responsável pelos crimes de lavagem de capitais no Maranhão.
As ações ocorreram durante a Operação Remix, que tem como objetivo combater desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de dinheiro na contratação de eventos musicais e aluguel de equipamentos para eventos no município de Codó.
Segundo as investigações, valores provenientes de contratos com empresa de fachada foram desviados, sacados e/ou transferidos para contas de terceiros sem relação com os objetos contratados pela prefeitura local. Os valores movimentados ultrapassam R$ 2,5 milhões.
A Justiça Federal determinou ainda a quebra do sigilo telemático dos materiais e equipamentos encontrados. Os investigados poderão responder por corrupção passiva, apropriação de verbas públicas, fraude licitatória, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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