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Colunista Brunno Suênio
GP1

Três juízes se declararam suspeitos e foram afastados do caso Janes Castro

Os pedidos de suspeição acabaram retardando o avanço das investigações da Polícia Civil.

O GP1 traz nesta quarta-feira (07) um novo capítulo crucial na trama envolvendo o assassinato do empresário e advogado parnaibano Janes Cavalcante de Castro, ocorrido em 18 de setembro de 2020. Três pedidos de afastamento de juízes da Comarca de Parnaíba acabaram retardando o avanço das investigações do segundo inquérito policial, instaurado para chegar até o mandante do crime. 

As suspeições ocorreram, especialmente, depois de novas provas produzidas durante as investigações que, mais tarde, culminariam na 2ª fase da Operação Sicário II.


Foto: DivulgaçãoEmpresário Janes Castro
Empresário Janes Castro

O primeiro afastamento ocorreu no dia 25 de maio de 2022, quando a juíza de direito da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, que estava no caso desde o começo das investigações da Polícia Civil, se declarou suspeita para atuar no processo, alegando “foro íntimo”.  

“Tendo em vista os desdobramentos atuais do feito esta Magistrada acha necessário se afastar de seu julgamento. Isto posto, nos termos do art. 145, §1º do Código de Processo Civil, declaro-me suspeita por motivos de foro íntimo. Determino o encaminhamento deste feito ao Dr. Georges Cobiniano Sousa de Melo, atualmente em exercício na 1ª Vara Criminal de Parnaíba (auxiliando)”, disse a magistrada na declaração de suspeição. 

Na mesma data, em 25 de maio de 2022, o juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, designado para atuar no caso, também se declarou suspeito. 

Com isso, um terceiro juiz – dessa vez da 2ª Vara Criminal de Parnaíba – foi indicado para o caso, em 31 de maio de 2022. Trata-se do magistrado Marcelo Mesquita Silva, que também se declarou suspeito. “Analisando a ação, verifico existirem circunstâncias que afastam a atuação deste magistrado no presente feito, razão pela qual declaro-me suspeito por motivo de foro íntimo, nos termos do art. 145, §1º do NCPC”, afirmou o juiz em sua declaração de suspeição.

Juiz Stefan Oliveira Ladislau assume o caso 

Após sucessivas suspeições dos juízes da comarca de Parnaíba, em 13 de junho de 2022 o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador José Ribamar Oliveira, designou, por fim, o juiz Stefan Oliveira Ladislau para atuar em todos os processos envolvendo a morte de Janes Castro. 

Stefan Oliveira Ladislau é juiz titular da Vara Única da Comarca de Piracuruca, distante 130 km da comarca de Parnaíba, onde ocorreu o crime. Ele é casado com Maria Betânia de Campo Maior.

Novidades

Às 6h desta quinta-feira (08), a Coluna vai revelar decisões 'atabalhoadas' do juiz Stefan Oliveira Ladislau, sem o conhecimento do Ministério Público do Estado do Piauí, e que beneficiaram os principais envolvidos no assassinato do empresário Janes Castro.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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