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Análise da Estrutura de Caráter - Parte I – A estrutura Esquizóide


O presente texto tem o objetivo de fazer algumas considerações sobre a análise da estrutura de caráter, um dos principais pontos da terapia bioenergética, uma abordagem terapêutica desenvolvida por Alexander Lowen a partir das teorias e técnicas de Wilhelm Reich.

Pois bem, a estrutura de caráter define o modo como a pessoa lida com a sua necessidade de amar, sua procura de intimidade e proximidade e sua busca de prazer.


As estruturas de caráter são 5: Esquizóide, Oral, Psicopático, Masoquista e Rígido e são formadas em momentos específicos do desenvolvimento infantil e reforçadas a partir de então. A formação obedece a seguinte ordem cronológica a partir da concepção: Esquizóide – antes ou logo após o nascimento; Oral – após o nascimento e até os 2 anos de idade; Psicopático: durante a primeira infância; Masoquista: durante a segunda infância e Rígido: fase genital.

O caráter Esquizóide tem como fator primordial na sua formação o sentimento de abandono vivenciado pela criança durante a gestação ou logo após o nascimento. A referida sensação de abandono força a criança a buscar a dissociação, tendo em vista que ela não se considera bem-vinda a este mundo.

O adulto tende a ter tendência ao isolamento e encontra pouca satisfação na realidade corriqueira. Existe a tendência de buscar sempre refúgio dentro de si, tendo o comportamento do porco espinho quando se sente ameaçado.

Apresenta-se também hipersensível devido a um precário limite em torno do ego. Essa fraqueza reduz sua resistência a pressões externas, forçando a pessoa a fugir como mecanismo de legítima defesa do ego.

Sua energia primordial está concentrada no núcleo da psique e tem pouco acesso às regiões periféricas do corpo, o que cria no indivíduo com essa estrutura a tendência a evitar relacionamentos íntimos e afetuosos.

Sua energia tende a ser carreada para a intelectualização e para o mundo espiritual, como mais uma forma de dissociação.

O principal problema dessa estrutura é o medo (de não ter direito de existir), que força na pessoa a necessidade de fortalecer seus limites defensivos.

Nos próximos textos, destacarei as outras estruturas, bem como alguns aspectos relevantes da Bioenergética.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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