A TV GP1 dá continuidade à sequência de entrevistas aos candidatos ao senado federal, governo do estado e deputados estaduais e federais. Nesta quarta-feira (28), recebemos o candidato à reeleição para deputado estadual pelo MDB, Dr. Hélio.
Durante a entrevista exclusiva à TV GP1, o candidato avaliou e citou os principais feitos de seu mandato. Assim como elencou propostas para a saúde e educação pública no Piauí, caso seja reeleito. Dentro da esfera da saúde pública, Dr. Hélio defendeu o fortalecimento dos hospitais regionais, criação de maternidades públicas regionais, bem como a descentralização do atendimento. Na orbe da educação, o parlamentar quer direcionar investimentos para criação de escolas em tempo integral e melhor valorização para os professores.
Leia a entrevista na íntegra:
Candidato, quais seriam as novas propostas ou o que o senhor faria diferente caso reeleito?
Olha, focar naquilo que nós compreendemos e entendemos um pouco, pois nossa vida voltada para a saúde é bastante conhecida em todo o estado. Ou seja, fortalecer os hospitais regionais, descentralizando a possibilidade do atendimento, para que ele possa ocorrer mais próximo de onde o cidadão mora. Implantar maternidades públicas regionais, é muito importante essa atenção materna infantil. Temos aqui o orgulho de estar sendo finalizada a grande maternidade aqui em Teresina para suprir uma necessidade [que existia] há tanto tempo, [pois] a gente contava apenas com a [maternidade] Evangelina Rosa. Mas queremos ver esse projeto sendo replicado nas principais cidades do estado do Piauí, que também é muito importante.
Candidato além disso uma das funções do deputado estadual além de legislar também é a fiscalização governo do estado. Qual sua opinião sobre a atual gestão?
Eu acho que nós vivemos um momento muito especial, além do estado do Piauí ter sido o estado que foi um exemplo para o Brasil em termos de compromisso fiscal, né? Fizemos um trabalho extraordinário e devemos reconhecer a grande capacidade de do ex-secretário de Fazenda e hoje candidato a governador, Rafael Fonteles. Estamos chegando ao final desse governo com obras praticamente em todo o estado do Piauí. Isso é muito relevante, muito significativo. Como você falou, além disso a gente [deve] continuar com essa função também, de propor. O Dr. Hélio foi quem primeiro trouxe essa questão de um projeto de lei aqui para destinar uma pensão para os órfãos da Covid-19. Também fui eu quem apresentei aquele projeto de pobreza menstrual. [Para aqueles] adolescentes que deixam de ir à escola no período menstrual porque não consegue comprar o absorvente. Colocamos lá e virou lei. Nós temos também um projeto importante, [que durante] a pandemia, várias pessoas que haviam sido aprovadas em concurso não teriam tido a oportunidade de ser chamadas. Apresentamos o projeto que desconsiderou o tempo de pandemia para da validade do concurso e aí chamamos policiais civis, militar, penal e muitos outros que estavam em uma ansiedade muito grande, inclusive, quase que beirando ao desespero, porque o tempo não parou. Em tese mudamos toda a nossa rotina, mas pra contagem o tempo de concurso estava valendo e a gente teve a percepção de fazer esse projeto que possibilitou que todos eles que estejam, hoje, prestando serviço como servidor do estado do Piauí, pois são ações importantes também. De nós, como deputados, que nos deixam muito felizes em propor, né? Projeto no sentido de contemplar uma gama importante de pessoas.
Aproveitando a sua deixa, candidato, sobre a questão dos servidores públicos da área de segurança. Sabemos que aqui no estado está muito complicada essa situação. Inclusive com a inserção de facções aqui no estado. Como que o senhor pretende lidar com essa situação de acordo com o número do efetivo?
Eu acho que essa leitura já foi feita e há um consenso ao entendimento de que nós precisamos realmente ter mais concursos e contratar um número maior de pessoas dentro dos equipamentos de segurança da Polícia Civil, Militar e Penal. Vamos ter que, logicamente, ter que investir em inteligência, tecnologia porque nós temos que estar à frente, nós temos que nos antecipar aos fatos. E estamos sabendo, perfeitamente que estamos lidando, né? Com uma situação muito delicada onde há essas organizações. Há recursos, né? Que estão na mão do tráfico, isso é uma questão clara de armamento e tudo mais, então, o Estado não pode desconsiderar todo esse desafio que tem pela frente e só há um caminho, que é investimento, tanto em pessoal como inteligência para que nós possamos fazer esse enfrentamento dizer realmente que quem tem condição de estar controlando e dando segurança à população e ao estado.
Agora mudando um pouquinho o foco da entrevista. Falando sobre saúde que é uma área que o senhor tem bastante experiência. Como que o senhor pretende resolver questões como a regionalização da saúde e a falta de efetivo médico de leitos e aqui no estado?
É sempre buscando o melhor gerenciamento. Eu sempre defino muito bem, eu acho que gerenciamento é importantíssimo, é quem dita naturalmente o resultado que nós estamos buscando. É aquele que eu falei anteriormente, nós temos que ter hospitais regionais estruturados, as pessoas precisam resolver as suas dificuldades praticamente de uma forma plena, próximo de onde se mora. Hoje, no litoral do Piauí, nós resolvemos praticamente todas as nossas demandas. Faltava um serviço, por exemplo, de neurocirurgia 24 horas lá no HEDA e conseguimos implantar, né? Com o apoio, logicamente, aqui do governador Wellington Dias, do próprio Rafael, porque tudo tem um custo, né? Cirurgia pediátrica ali. Nós eu acabei de aportar para a Maternidade Marcos Bastos, mais de um milhão de reais para todos estejamos contribuindo no sentido de estruturar o tratamento do câncer no litoral de uma forma plena. Já fazemos cirurgia, já fazemos a parte de químio, mas falta a rádio. Então nós estamos finalizando. Eu acho que há uma necessidade, porque hoje, ainda que você tem um diagnóstico firmado, tem dificuldade de acessar o protocolo de atendimento, de tratamento do câncer, porque há uma saturação, há uma dificuldade em atender uma demanda que é crescente. Cada vez nós vamos ter o maior número de casos, visto que aumentamos a expectativa de vida e à medida que você vive mais, maior a probabilidade de você ter uma doença como o câncer aumenta naturalmente. Inclusive, agora a gente estava vendo, mostrando dados estatísticos que o número também do câncer está crescendo abaixo dos 50 anos. É outro fator preocupante que nos faz compreender a necessidade de termos investimentos em que o tratamento possa acontecer de uma forma plena em mais regiões do estado, não só em Teresina.
Candidato, também na sua linha de propostas, fala-se muito sobre a educação que, inclusive, o senhor fala bastante que foi um ato transformador na sua história. Como que o senhor pretende promover mais igualdade aos estudantes piauienses?
Eu sou lá do interior do estado, sou de Canto do Buriti, da roça, com 10 anos de idade, eu estava vendendo leite para minha mãe e consegui comprar as coisas para botar comida na boca de mais de 10 irmãos, né? Não era fácil. Eu morei aqui na casa do estudante, em Teresina, aos 14 anos estava aqui, estudei no Liceu, estudei no Álvaro Ferreira, escolas públicas, nunca tive condição de pagar escola particular, [e essas escolas tinham] uma qualidade boa. Não é à toa que eu consegui, como muitos estudantes pobres do Piauí conseguiram fazer naquela época, [mesmo havendo] apenas 20 vagas na Universidade Federal do Piauí para medicina, 20 no primeiro período, 20 no segundo, mas a gente conseguiu lograr. A educação é o caminho, não existe país desenvolvido sem que tenha realmente uma educação de qualidade. Eu acho que o caminho é esse, é mais escola de tempo integral, é formação continuada dos nossos professores, é incentivo do mérito aquela escola que apresentou o melhor resultado. Lógico, tem por trás, direção, professores, com um comprometimento maior. Esse pessoal tem que ser tratado de uma forma diferente. Então, a valorização do mérito, pagar melhor quem apresenta os melhores resultados. Então, desafios que eu acho que entram a questão até do currículo, mas esse foco nós temos que perseverar, nós temos que buscar na questão de dar escola tempo integral, na formação continuada de professores e na valorização do mérito, do resultado.
Sabemos que no regime político brasileiro os três poderes devem haver um acordo. Nós sabemos que o senhor também é da base política do Rafael Fonteles. Caso o governador seja Sílvio Mendes. Como que o senhor pretende lidar com isso?
Com muita maturidade. Eu acho que o nosso compromisso na política, com todos nós é servir ao Piauí. Não há dúvida. Agora, nós temos um candidato que eu diria que o Rafael é o melhor candidato que nós temos a nível de Brasil. Pouquíssimas pessoas têm a capacidade, a perspectiva de fazer um grande governo como ele. Então, a gente tem uma percepção muito clara, há um crescimento muito importante da candidatura do Rafael. Eu faço a leitura de que realmente ele apresentou um resultado no estado do Piauí que nos faz prospectar de que ele será um extraordinário governador jovem, dinâmico, com uma experiência muito grande, inclusive, no empreendedorismo, isso é muito importante, vai levar para a condição de governador e nós estamos muito entusiasmados, mas sempre é o meu perfil. Eu estou na política para servir, para servir o estado, para criar uma condição, diminuir a dificuldade das pessoas que já são muitas, né?
Considerações finais:
Muito obrigado, campanha lindíssima, muito obrigado pelo carinho, acolhimento, [e vamos] continuar trabalhando firme, né? Em saúde, educação, obra, de infraestrutura, na questão ambiental, mas assim, tirar aqui até uma brincadeirinha, viu Lívia? Deputado só se faz com o voto. Eu tenho dito que um bom deputado se faz com o número 15222, que é o Dr. Hélio que está aqui pedindo voto para continuar servindo bem ao nosso querido e amado Piauí.
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