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Eleições 2022

Wellington Dias defende integração nacional no combate a criminalidade

O ex-gestor falou de diversos temas e teceu críticas a postura de Ciro Nogueira.

Dando sequência a série de entrevistas com os candidatos majoritários do Piauí, a TV GP1 conversou, nesta quinta-feira (25), com o ex-governador do Piauí, Wellington Dias, do Partido dos Trabalhadores, que concorre ao cargo de senador nestas eleições.

Durante a conversa, o ex-gestor falou de diversos temas, dentre eles, as propostas que pretende encampar, caso seja eleito para o Congresso Nacional, criticas as posturas do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, além da perspectiva positiva de vitória de Lula para presidência da República e de Rafael Fonteles para o Governo do Piauí. Confira a entrevista na íntegra:

Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias em entrevista a TV GP1
Wellington Dias em entrevista a TV GP1

Chegando ao Senado Federal quais serão as suas principais propostas e projetos?

Como é próprio da política brasileira, o eleitor sabe que quem está no Senado, ele tem um papel de cumprir a defesa da federação, mas de verdade, o que eu quero trabalhar é abrir os caminhos, abrir portas para que a gente tenha integrado com a bancada federal, eu vou estar lá ao lado do nosso senador Marcelo Castro também teremos lá o senador que prossegue com o mandato também, eleito junto comigo, o Ciro Nogueira e quero com toda a bancada na Câmara Federal, trabalhar as condições de a gente abrir portas para o Piauí, para que a gente possa trazer investimentos para todas as áreas através do estado, através do município ou diretamente o Governo Federal, com o setor privado. E claro, neste trabalho, eu também tenho foco em algumas áreas, eu tenho uma preocupação muito grande com a área da Segurança, tenho defendido que a gente tem que ter o poder central assumindo uma área específica na área da Segurança, para que se tenha um fundo, uma estratégia, metas. O crime se globalizou, atua a nível nacional, então não dá, individualizando o problema por estados, para se ter uma solução. Eu tive a experiência e o próprio Consórcio Nordeste deu um passo largo nessa unificação e acho que agora temos que fazer a mesma coisa com o Brasil e com o poder central.

A preocupação com o desemprego, nós temos uma geração que se esforçou, estudou, fez ensino técnico, ensino superior, precisa de oportunidades, seja para o emprego, seja para um negócio. Eu tenho uma preocupação com o social, desde os endividados, as pessoas que são parte do social. Não se pode ter só transferência de renda, transferência de renda é dar linha e dar o peixe, mas também que ensinar a pescar. Claro, precisamos focar na Educação, Saúde, a parte da atração de investimentos é preciso colocar aqui a parceria do Governo do Lula com o Rafael Fonteles e aqui no estado, com a bancada na Assembleia Legislativa, com os prefeitos, prefeitas, com os municípios e atuando de uma forma madura.

Uma área nova que eu defendo para o Piauí, para o Brasil é a Saúde do idoso, ou seja, a pessoa com mais de 70 anos tem particularidades na sua saúde e eu digo que com certeza merece uma atenção especial, assim como tem particularidade na saúde da mulher, particularidade na saúde da criança, há necessidade também da preocupação na melhor idade como eu chamo.

Na Educação eu acho que o Brasil avançou, o que a gente agora precisa é de um casamento entre a educação, a área da formação com o mundo real do emprego e trabalho. Tem duas ideias que eu deixei ainda como governador em fase de implantação com a governadora Regina e prossegue que é a escola que já é referência para a formação, a escola técnica, a universidade. Também temos que ser a referência para aquilo que a gente chama de Sistema Integrado de Emprego, o SINE, mas não só o SINE, mas também integrado com a área do CREA, no nosso caso, é a Agência de Fomento e mais as instituições financeiras na área da assistência técnica. A minha tese é que o Emater, cada vez mais, seja uma assistência técnica rural, mas também urbana na perspectiva de que as empresas precisam de alguém na escola como referência, onde se tem o cadastro de pessoas em formação, acho que esse casamento no Brasil e no Piauí vai permitir que cada vez mais a Educação esteja linkada com a necessidade do país.

Candidato, com a alta do preço do barril no mercado internacional, tem crescido no Congresso a defesa pela privatização da Petrobras. Como é que o senhor vê isso?

Eu vou defender que a gente tenha o fundo de estabilização e compensação. Tendo a presença do Estado junto com o privado na Petrobras, o privado já está na Petrobrás e é forte, já está na Eletrobras, ele é sócio. Então por que que o estado abre mão de ser parte de um setor estratégico? Muitas vezes quando abre o leilão da venda quem é que está comprando? É uma estatal, é uma empresa pública de outro país. Agora você imagina qual é o país que vai colocar os seus setores estratégicos nas mãos de outros países? Então isso aqui precisa ser pensado, inclusive como um instrumento na relação com o mundo. O petróleo ainda tem um período ainda alongado de importância na economia mundial.

A PEC que põe fim ao foro privilegiado na Câmara dos Deputados. Sendo eleito candidato, o senhor pretende trabalhar pela aprovação da proposta?

Eu defendo a regra existente. Eu acho que na regra atual a gente trabalhou uma medida que eu considero importante, que foi a regra do abuso de autoridade, ela ainda não foi tão experimentada, mas ela é um coibidor como o nome já diz, do abuso.

Candidato sempre que se fala em vitória do candidato Lula para Presidência do país cita-se que o senhor seria um dos nomes cotados para assumir ministérios. Já houve esse diálogo acerca desse assunto, o senhor aceitaria assumir uma missão de tamanha envergadura?

Olha, o presidente Lula, eu conheço já de muito tempo, eu conheci com 16 anos e é um privilégio conviver com ele assim tão de perto, portanto, posso dizer que antes da eleição, primeiro em respeito ao eleitor, segundo até para evitar também que haja toda uma pressão, todo um tipo de negociação em cima de cargo, coisa desse tipo para o processo eleitoral, somente após as eleições é que ele vai tratar sobre isso. Da mesma forma, em respeito ao povo do Piauí, estou animado, entusiasmado para um mandato de senador, estou me colocando à disposição porque eu sei a situação que vive o Brasil, sei a oportunidade que a mim é dada. E sendo eleito, também sei o papel que posso exercer em favor Piauí, principalmente nessa expectativa que é muito grande da eleição do presidente Lula, que pela primeira vez, inclusive, tem chance real de vitória no primeiro turno, mas sem nenhuma dúvida, entusiasmado de a gente ter de volta a integração do Piauí com o Brasil.

Eu sofri neste período agora, você não imagina o quanto eu fico até constrangido em ter alguém do Piauí em um cargo de ministério, trabalhando contra interesses do Piauí, fechando porta para deliberar uma operação de crédito, eu tive que ir quantas vezes ao supremo judiciário para liberar uma operação de crédito. Agora está lá, denúncias feitas pelo senador Marcelo e vários outros parlamentares, recursos para estradas, recursos para saúde, recursos para o hospital da universidade para implantar uma área da oncologia, do câncer e ali sendo barrado por essa política pequena.

A maioria das pesquisas, candidato, tem colocado sempre o senhor na dianteira em relação ao seu principal oponente. Na sua avaliação diante da sua experiência política, esse resultado deve se manter até outubro?

O resultado é animador, não posso negar, ele enche a gente de energia, mas nada de sapato alto. Quem acompanha meu dia, vê que estou trabalhando e muito, manhã, de tarde, noite, madrugada, é caminhada junto com o Rafael, com os candidatos a deputado estadual, federal, mas eu estou animado, animado com a perspectiva, se Deus quiser, de vitória, é Deus no comando. Também da mesma forma, eu acredito na vitória com uma ampla maioria do Lula, no Piauí, há uma vontade muito grande, uma gratidão das pessoas. Eu digo mais, uma esperança muito grande e ainda é o Rafael, eu lembraria aquela eleição, a mais recente, do Marcelo Castro. A pesquisa estava dizendo isso, a pesquisa está dizendo aquilo e eu dizia que quem comanda a eleição é sua excelência, o povo. Veio o resultado abriu as eleições, estava lá o Marcelo eleito naquela eleição junto comigo.

Agora também eu vejo o quadro, quando a gente olha município a município aí você consegue ver mais claramente, então essa é a boa pesquisa. Como é que está a eleição em Picos? O nosso pessoal lá está animado que vamos vencer as eleições. Como é que está a situação em Bom Jesus? Vamos vencer. Como é que está em Teresina? Pode esperar Teresina, a gente tem um elo de muitos anos. Sei que o candidato adversário foi prefeito e respeitamos o seu trabalho, mas é do lado do Bolsonaro, nem que não queira, é do lado do Bolsonaro, do Ciro Nogueira e o povo olha para isso, o povo quer um governador integrado com o nacional e o nacional, a esperança da eleição do Lula. Então é um time mesmo, um time que tem na largada 24 dos deputados e deputadas estaduais, com perspectiva de fazer no mínimo 25. Um time que tem sete dos dez deputados e deputadas federais e chance de reeleger pelo menos oito. Então isso aqui é uma integração dos 224 municípios.

Candidato, faça as considerações finais

Olha, primeiro foi um prazer, tenho grande admiração a toda equipe, agradecer aqui também com muito carinho ao GP1 que faz um importante trabalho e aqui me dirigir povo do Piauí, a gente vai tomar uma decisão e é uma decisão que não é numa eleição qualquer. É uma eleição em que estamos decidindo pela vida, tem uma coisa ruim no Brasil, que é o ódio puxado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas também o cabeça do seu time no Piauí, são pessoas que estão ali ao lado dele a toda hora, atacando os poderes, o judiciário atacando os governadores, atacando os empresários, ou seja, a relação com o mundo esgarçou o Brasil, que sempre teve uma paz com o mundo.

Nós estamos querendo harmonia, estamos querendo estabilidade, estamos querendo previsibilidade, garantir a condição de crescimento, no Piauí e no Brasil. E por último, compreendei a importância de a gente ter um time que possa estar fortemente integrado de novo com o poder central, Lula de novo, Rafael aqui, que é de uma nova geração, preparado, 37 anos e eu com muita energia, muito gás, para trabalhar lá no Senado Federal junto com o senador Marcelo, que é do nosso time, junto com a bancada na Câmara Federal e aqui na Assembleia Legislativa todos os líderes municipais, com os líderes sociais e bastante confiante que com essa vitória a gente vai poder acelerar, avançar no desenvolvimento do Piauí. Tem muita coisa ainda para fazer, sou reconhecedor disso, há muitas coisas para gente cuidar e eu quero cuidar se Deus quiser.

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