A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para apurar um caso de apologia ao estupro feita por alunos de medicina da Faculdade de Santa Marcelina, durante torneio de jogos universitários, que aconteceu no sábado (15), na zona leste de São Paulo. Vinte e quatro estudantes, sendo 23 homens e uma mulher, estavam com uma faixa escrita a seguinte frase: “entra porra, escorre sangue”, em referência ao ato de violência sexual.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que, mesmo que não tenha sido localizado registro da ocorrência, a 8ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) soube do caso e instaurou o inquérito policial para apurar todas as circunstâncias.

O grupo feminista Coletivo Francisca, afirmou que a frase teria sido tirada de um hino que foi banido em 2017, por conta do teor violento. O trecho é:
“Se no fundo eu não relo, as bordas eu arregaço
Med Santa Marcelina arrancando seu cabaço
Minha bixete é exemplo, no boquete engole as bolas
Dá o cu sem vaselina, ela é Santa Marcelina
Se no cu minha piroca, na buceta ou nas teta
Entra porra e sai sangue, tu gritando igual capeta”.
A Intercalo é uma competição entre calouros de diferentes faculdades de medicina. Ao fundo da imagem em que é mostrada a faixa com a polêmica frase, está outra faixa, da atlética de outra instituição de ensino, a Nove de Julho.
Os alunos presentes na foto, no entanto, seriam todos da Santa Marcelina – tanto calouros do time de handebol, como membros da atlética da faculdade. Através de uma nota, a Faculdade Santa Marcelina se manifestou contra o ocorrido e informou que iniciou um procedimento de sindicância interna para apuração dos fatos.
“Os alunos da instituição responsáveis pelos atos (que ocorreram fora de suas dependências) serão penalizados conforme os princípios estabelecidos e a gravidade da infração. Entre as punições estão advertências verbais e escritas, suspensão e até desligamento (expulsão) da faculdade”, conforme o texto da faculdade.
Ver todos os comentários | 0 |