Um levantamento realizado pela Planisa, empresa de gestão hospitalar, revelou que, entre janeiro e agosto de 2024, as internações por doenças respiratórias aumentaram em 27,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A pesquisa abrangeu 27 hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil, evidenciando um impacto significativo na saúde pública. Em termos financeiros, esse aumento resultou em um acréscimo de R$ 11 milhões nos custos hospitalares, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade do sistema.
De acordo com Marcelo Carnielo, especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, “A elevação dos custos é um reflexo direto da maior demanda por internações e dos gastos operacionais crescentes”. Esse cenário pressiona os hospitais a encontrarem formas de equilibrar as finanças, ao mesmo tempo em que oferecem cuidados adequados aos pacientes. O especialista destaca que o valor extra de R$ 11 milhões representa um desafio considerável para a gestão hospitalar.
Para lidar com o aumento no número de pacientes, Carnielo sugere que os hospitais adotem estratégias proativas de prevenção, como a promoção de campanhas de vacinação contra doenças respiratórias e a conscientização sobre doenças sazonais. Essas medidas são fundamentais, especialmente em um contexto onde fatores climáticos adversos podem agravar a incidência de doenças respiratórias, impactando diretamente a saúde da população.
“A adaptação do planejamento hospitalar se torna essencial para enfrentar picos de demanda e eventos climáticos extremos. Otimizar a locação de leitos e pessoal, além de revisar continuamente os protocolos de atendimento, as ações que podem ajudar os hospitais a se prepararem melhor para os desafios que estão por vir, garantindo não apenas a sustentabilidade financeira, mas também a qualidade do atendimento aos pacientes”, afirma o diretor.
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