Mateus Rocha
Nessa sexta-feira (11), em Florianópolis, Santa Catarina, dois pacientes receberam implantes na clávicula esquerda para tratar de uma depressão resistente. O procedimento está sendo usado pela primeira vez no Brasil e foi feito durante uma cirurgia.
O implante é uma nova alternativa para pessoas depressivas, já que 10 a 30% dos pacientes diagnosticados com a doença não respondem a qualquer dos tratamentos disponibilizados. O procedimento foi liberado em Santa Catarina pelo médico Wuilker Knoner Campos, no hospital SOS Cárdio.
Wuilker Knoner é presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Segundo ele, em uma entrevista à emissora British Broadcasting Corporation (BBC), tanto pacientes com crises de epilepsia como depressão apresentaram melhora com o uso dos implantes.
“E aí começou-se a estudar quais seriam os mecanismos do sistema nervoso em que poderiam explicar aquela melhora”, disse o médico. Os resultados dos estudos permitiram a liberação do tratamento com implante.
Wuilker ainda explicou como o implante opera no corpo humano e a sua importância quando colocado no paciente. “No tronco cerebral, encontramos o núcleo do trato solitário, onde as fibras do nervo vago estão conectadas” afirmou Knoner Campos. “ Esse núcleo processa informações de todo o corpo e reage a alterações, como o aumento da frequência cardíaca”.
O procedimento é feito com o paciente anestesiado. A alta se dá no mesmo dia.
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