O setor de saúde suplementar registra lucro líquido de R$ 968 milhões no 1º trimestre de 2023, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em seu portal eletrônico. Esse resultado foi impulsionado pela remuneração recorde obtida pelas operadoras por meio de aplicações financeiras. Em termos proporcionais, o lucro representa cerca de 1,45% da receita efetiva de operações de saúde, que alcançou R$ 66,8 bilhões no mesmo período. Isso significa que, a cada R$ 100 de receita efetiva de saúde, o setor obteve aproximadamente R$ 1,45 de lucro.
No entanto, o segmento principal do setor, as operadoras médico-hospitalares, apresentaram um déficit de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre. Isso indica que as mensalidades pagas pelos usuários não foram suficientes para garantir lucro nesse segmento. Contudo, o prejuízo foi revertido graças aos ganhos recordes provenientes das aplicações financeiras, que geraram uma remuneração de R$ 2,5 bilhões. Com esses rendimentos, as operadoras médico-hospitalares registraram um lucro líquido de R$ 620,6 milhões.
Os demais segmentos do setor de saúde suplementar também apresentaram resultados positivos. As operadoras exclusivamente odontológicas alcançaram um lucro de R$ 202 milhões, enquanto as administradoras de benefícios, que atuam como intermediárias na contratação de planos de saúde coletivos, como a Qualicorp e a AllCare, registraram um lucro de R$ 145,5 milhões.
Esses dados demonstram um cenário de lucratividade no setor de saúde suplementar, com destaque para as aplicações financeiras como impulsionadoras desse desempenho. Enquanto as operadoras médico-hospitalares enfrentaram um déficit, os ganhos provenientes de investimentos permitiram que o setor como um todo alcançasse resultados positivos.
Ver todos os comentários | 0 |