O Ministério da Saúde da Argentina informou investigar o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos no país, neste domingo, 22. Trata-se de um homem residente de Buenos Aires, que esteve recentemente na Espanha e apresenta sintomas compatíveis com a doença, mas está em "bom estado geral".
O paciente, que esteve na Espanha de 28 de abril a 16 de maio, apresenta pústulas em diferentes partes do corpo e febre, mas tem "bom estado geral" de saúde e recebe tratamento.
Conforme detalhado pelo ministério, para realizar o monitoramento e investigação, foram coletadas amostras para diagnóstico que estão sendo analisadas no Laboratório Nacional de Referência INEI-ANLIS Dr. Carlos G. Malbrán, em Buenos Aires. Enquanto se aguardam os resultados, foi criado um grupo de trabalho para coordenar as "ações clínicas, diagnósticas e epidemiológicas" que levem à confirmação ou exclusão do caso e à prestação de cuidados clínicos adequados ao paciente, bem como para implementar medidas para evitar transmissão.
A pasta divulgou uma série de recomendações para a população, entre elas que quem apresentar sintomas compatíveis com a varíola dos macacos (principalmente erupções cutâneas) e histórico de viagem para áreas onde há casos "e/ou apresente algum risco de exposição com casos suspeitos, prováveis ou confirmado", deve se isolar socialmente, implementar medidas de proteção respiratória e consultar o sistema de saúde.
A varíola dos macacos é uma doença viral geralmente leve, caracterizada por sintomas de febre, bem como uma erupção cutânea. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.
A doença foi confirmada, até o momento, em 92 pacientes em ao menos 12 países, segundo balanço da OMS divulgado no sábado, 21. Foi identificada em nove países europeus - Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália e Suécia-, além de Estados Unidos, Canadá e Austrália. Outros 50 casos permanecem sob investigação. Os cientistas estão correndo para descobrir o que está causando as infecções e como responder.
O Reino Unido confirma que as infecções diárias de varíola dos macacos que continuam surgindo - até o momento - não estão relacionadas a nenhuma viagem à África Ocidental, onde a doença é endêmica, disse neste domingo, 22, uma funcionária da agência britânica de segurança sanitária. Ou seja, os casos já estão sendo considerados de transmissão local.
O presidente Joe Biden disse neste domingo, 22, que os Estados Unidos estão analisando quais vacinas podem ser utilizadas para proteger as pessoas contra a varíola dos macacos. Ele disse ainda que 'todo mundo deve se preocupar' à medida que os casos continuam se espalhando pelo mundo e alguns países reforçam seus estoques de tratamento.
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