O presidente Jair Bolsonaro justificou neste sábado, 3, o fato de o Brasil estar atrás de "alguns outros países" na campanha de vacinação contra a covid-19, reforçou as críticas contra governadores por medidas de distanciamento social e afirmou que as Forças Armadas estão à disposição para começar a aplicar o imunizante. Em transmissão nas redes sociais, ao falar sobre o ritmo de imunização, Bolsonaro disse que não havia "tanta" vacina disponível no ano passado, alegando que as condições não seriam favoráveis para o fechamento de contratos.
"O que se oferecia para a gente, o contrato não era possível de se assinar daquela forma, e bem como não tinha a aprovação da Anvisa", disse o presidente, ao lado do novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto. "O Brasil é um dos primeiros países em vacinação, estamos atrás apenas de alguns outros países, que começaram a vacinar no ano passado. Compramos vacinas no ano passado, não tinha tanta vacina disponível assim", disse o presidente, segundo quem praticamente todos os quartéis do Brasil têm a condição de fazer a vacinação. O assunto, segundo o presidente, foi conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministro da Defesa, mas o chefe do Executivo não deu mais detalhes.
Bolsonaro fez a transmissão ao vivo durante uma visita ao Centro Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que distribui sopas em Itapoã, região administrativa do Distrito Federal.
Na última quinta-feira, o número de pessoas vacinadas em um único dia contra o coronavírus no Brasil, com pelo menos uma dose do imunizante, ultrapassou pela primeira vez a marca de um milhão desde o início da pandemia, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal. Segundo o consórcio, cerca de 18,8 milhões de pessoas já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a covid-19, o equivalente a 8,90% da população brasileira.
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