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Saúde

Arthur Lira cobra de Eduardo Pazuello cronograma de vacinação em até 24h

Além do presidente da Câmara, o senador Rodrigo Pacheco também solicitou atualizações sobre a produção de imunizantes contratados.

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobraram do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informações em 24 horas sobre o calendário de vacinação contra a covid-19 no Brasil. Além disso, os chefes do Legislativo querem ter atualizações sobre a produção de imunizantes contratados para vacinar a população. Pacheco e Lira enviaram um ofício ao ministro pedindo respostas em "caráter de urgência".

A pressão ocorre diante do avanço da covid-19 no Brasil e do registro de novos casos de nova cepa do vírus. Na segunda-feira, 8, a média móvel diária de mortes causadas pela doença no País bateu recorde pelo décimo dia seguido, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Esse tipo de média leva em consideração dados dos últimos sete dias e ficou em 1.540, com 1.114 novas mortes nas últimas 24 horas.


Com o avanço da doença, Estados e municípios voltaram a decretar medidas de isolamento, como fechamento de comércios e toque de recolher. As ações foram criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que anunciou a antecipação do cronograma de doses da vacina produzidas pela Pfizer. Agora, a cúpula do Congresso quer saber do ministro qual é o calendário atualizado de vacinação dos brasileiros.

"Considerando a urgência que nos impõe a pandemia ocasionada pela disseminação do vírus SARS-CoV-2 e a crescente taxa de óbitos por dia em decorrência da covid-19, solicitamos a presteza de V. Exa. no sentido de encaminhar as informações acima requeridas no prazo de 24 horas, a fim de que as Casas do Congresso Nacional possam adotar as providências cabíveis no combate à pandemia", diz o ofício de Pacheco e Lira enviado ao ministro da Saúde.

No último dia 4, o secretário executivo da pasta, coronel Antônio Élcio Franco Filho, apresentou um cronograma no Senado prevendo a entrega de 414.991.800 de doses em 2021, incluindo as compras que o Ministério da Saúde ainda vai realizar no futuro, além de 161 milhões de doses em tratativas com laboratórios. Pacheco e Lira questionaram o ministro se essa estimativa está mantida. Além disso, querem saber quais são as razões para alteração em caso de mudança desse planejamento.

O ofício da cúpula do Congresso também questiona Pazuello sobre a produção nacional de vacinas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan. Os presidentes da Câmara e do Senado perguntaram ainda sobre a aquisição de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o princípio ativo das vacinas, e o risco de falta desse produto. A falta da matéria-prima impacta na entrega de doses pelos laboratórios.

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